Chama-se projeto Starline e já tinha sido apresentado pela Google, que ao longo do último ano tem vindo a testar o sistema nas suas instalações, mas que se prepara agora para passar à fase seguinte.

O Starline é um sistema de comunicações para unir pessoas à distância, com ajuda de hologramas, que virtualizam a imagem de um dos interlocutores na presença física do outro, fazendo com que ambos pareçam estar a conversar frente a frente, separados apenas por uma "janela mágica", como a empresa lhe chama.

Usa uma combinação de câmaras e luzes para captar e projetar imagem virtual em 3D, num ecrã também ele desenvolvido para o efeito, que pode ser vista sem necessidade de recorrer a dispositivos de realidade virtual ou outros acessórios. A empresa revela que no último ano mais de 100 empresas testaram o conceito nas suas instalações.

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O sistema vai agora ser montado nos escritórios de algumas empresas independentes da Alphabet, para ser testado em ambientes diferentes. Esta experiência “em casa” de terceiros avança ainda este ano e vai envolver a Salesforce, WeWork, T-Mobile e Hackensack Meridian Health. Cada empresa envolvida no piloto vai receber duas unidades do sistema para poder testá-lo.

A tecnologia do Starline ainda está em fase experimental, mas a Google acredita que esta pode ser uma forma mais natural, em comparação com as restantes tecnologias disponíveis, para promover encontros à distância e que um dia fará a diferença na interação entre empresas e clientes distantes. Nesta fase, a empresa só refere o potencial da tecnologia em ambiente empresarial, mas quando apresentou o conceito no ano passado mostrou o resultado de testes feitos em comunicações pessoais, como mostra o vídeo.

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"Para tornar isto possível, estamos a aplicar investigação feita no âmbito da visão computacional, machine learning, áudio espacial e compressão em tempo real", explicava numa publicação feita no blog da empresa, Clay Bavor, vice-presidente da tecnológica, após a apresentação da tecnologia na edição do ano passado da conferência de programadores da Google. "Desenvolvemos também um display disruptivo [...] que cria uma sensação de volume e profundidade que é possível experienciar sem qualquer acessório complementar", acrescentava.