De acordo com dados do mais recente relatório de comunicações digitais da European Telecommunications Network Operators’ Association (ETNO) a Europa está em risco de falhar as metas de cobertura de fibra ótica (FTTH) propostas por Bruxelas para 2030.
Assegurar que todos os lares europeus estão cobertos por redes Gigabit é um dos grandes objetivos de conectividade da Bússola Digital da Comissão Europeia. Segundo o relatório, em 2022, a cobertura de FTTH na Europa atingiu 55,6%. Estima-se que, caso a implementação da tecnologia continue a crescer a este ritmo, o nível de cobertura chegará aos 90% em 2030, falhando as metas previstas.
Embora a Europa esteja à frente dos Estados Unidos (43,9%), e quase a par da Coreia do Sul (57,4%), a China continua a liderar no que respeita à cobertura FTTH. Graças a uma política de implementação da tecnologia, que começou a ser aplicada em 2013, o país conseguiu atingir uma cobertura de 99% em menos de 10 anos.
As velocidades de downlink na Europa cresceram 18%, passando de 43 Mbit/s em 2021 para 169 Mbit/s em 2022, mas continuam a ser mais baixas do que aquelas que são registadas na China (246 Mbit/s), no Japão (234 Mbit/s), nos Estados Unidos (230 Mbit/s) e na Coreia do Sul (226 Mbit/s).
Sustentabilidade financeira dos operadores é uma preocupação
A sustentabilidade financeira dos operadores é outra das preocupações apontadas pelo relatório da ETNO. O setor europeu das telecomunicações “continua a ter dificuldade em transformar a procura pelos seus serviços em robustez financeira”, detalham os especialistas.
O relatório indica que a capitalização de mercado das empresas do setor europeu das telecomunicações tem ficado abaixo das expectativas. Segundo os dados avançados, as ações no mercado de valores não voltaram aos níveis registados antes da pandemia de COVID-19 e são significativamente mais baixas do que eram em meados de 2021.
A esta situação juntam-se dívidas crescentes e dúvidas em relação à sua rentabilidade, contribuindo para o enfraquecimento da capacidade do setor para fazer investimentos em redes que sejam resilientes.
Apesar dos investimentos feitos pelos operadores europeus, que em 2022 rondaram os 56,3 mil milhões de euros, num valor que é descrito como o mais elevado desde 2016, as tentativas para manter a sustentabilidade dos negócios continuam a ter impacto na implementação não só de tecnologia FTTH, mas também de redes 5G.
Recorde-se que, no que toca às redes móveis de quinta geração, a cobertura na Europa atingiu 73% em 2022: um valor que não se aproxima daqueles que foram registados por outras regiões do mundo.
Apesar do progresso registado na Europa, que registou um crescimento de 11% a nível da cobertura 5G, países como Estados Unidos (96%), Coreia do Sul (95%), Japão (90%) e China (86%) continuam a destacar-se.
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