Chefes-executivos de 145 grandes empresas americanas, como o Twitter e a Uber, assinaram uma carta enviada ao Senado americano pedindo uma ação urgente sobre o controlo das armas, depois dos sucessivos assassínios em massa nos Estados Unidos, algo que apelidam como um "problema de Saúde Pública". De fora, ficaram gigantes como o Facebook, a Apple, Google, Amazon e Microsoft.
Publicada pela primeira vez no New York Times, a carta fala numa "responsabilidade e obrigação" conjunta das empresas que assinam o documento em lutar pela segurança dos seus colaboradores, clientes e todos os americanos. "Não fazer nada em relação a esta crise é simplesmente inaceitável e já é tempo de garantir a segurança dos americanos no que diz respeito às armas", consideram os assinantes da carta com data de 12 de setembro.
“A violência armada na América não é inevitável, é perfeitamente possível preveni-la"
Posto isto, os assinantes pedem ao Senado que passe a exigir verificações de antecedentes de todas as armas vendidas nos Estados Unidos, bem como a introdução de legislação "red flag". Estas medidas "permitiriam que os tribunais emitissem ordens de proteção contra riscos extremos", podendo salvar vidas, defendem.
O CEO da Uber, do Twitter e da Airbnb são alguns dos chefes executivos que assinaram a carta. No entanto, é notória a falta de presença do Facebook, da Apple, da Amazon e da Google.
De acordo com o The New York Times, administradores da Google e do Facebook ainda chegaram a debater sobre a possibilidade de assinarem a carta conjunta, mas no final acabaram por recusar. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, decidiu que o ativismo sobre esse assunto apenas intensificaria a atenção sobre a empresa, e os executivos da Google tiveram a mesma opinião.
Já em representação da maçã, Tim Cook ainda não comentou o caso. Ainda assim, no início de agosto, mostrou-se bastante triste com os ataques no seu país, falando na necessidade de pessoas com diferentes formas de pensar pensassem na solução para este problema.
Só no mês de agosto, os assassínios em massa, que aconteceram nomeadamente em Chicago, Canoga Park, NewportNews, Gilroy e Brooklyn, foram responsáveis pela morte de 53 pessoas, de acordo com o mesmo jornal.
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