A empresa está inscrita no programa de privatizações (Propriv), que foi em 2023 prorrogado por mais três anos, mas em vez de alienar as participações sociais, como estava previsto no programa inicial (2019-2022), a modalidade escolhida será a cessão do direito de exploração e gestão.
"A Angola Telecom, dentro da sua estratégia, poderá concessionar a sua atividade operacional e comercial, mas não haverá entrada de terceiros no seu capital social", confirmou o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
Sobre a mudança de decisão, considerou que "é próprio da evolução do setor", tendo em conta outras experiências internacionais, "que não correram bem e que deram prejuízos" a esses países.
"Noutros sectores da economia e em outras partes do mundo há avanços e recuos neste tipo de decisões", salientou Mário Oliveira.
O titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social acrescentou que o Estado "vai continuar a apoiar a empresa nos projetos estruturantes como faz com as outras empresas públicas".
Na semana passada, o presidente do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), Patrício Vilar, anunciou que a Angola Telecom fechou 2022 com resultados positivos, depois de o Governo ter injetado recentemente mais de 8 mil milhões de kwanzas (cerca de 9 milhões de euros) em títulos.
A Angola Telecom conta com 800 clientes do país que devem à empresa pública dezoito mil milhões de kwanzas (20 mil milhões de euros).
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