A Xiaomi vai despedir até 10% da força de trabalho, no culminar de um ano marcado pela paragem forçada de trabalho no país em diversos momentos, consequência da restritiva política de combate à Covid-19. Os despedimentos vão afetar as unidades de smartphones e serviços de internet da fabricante, para permitir uma otimização da estrutura de pessoal e operacional da empresa, confirmou já um porta-voz da companhia à Reuters.

As notícias de despedimentos em várias tecnológicas chinesas têm circulado como rumores nas últimas semanas, dando sinal dos efeitos económicos para o país da política de tolerância zero aos casos de Covid-19 e dos receios de uma recessão mundial. Inicialmente, as informações não confirmadas diziam que a Xiaomi podia estar a preparar-se para despedir até 15% dos colaboradores, a empresa vem agora garantir que as rescisões não chegarão a 10%. Segundo informações divulgadas pelo China Morning Post, a Xiaomi integrava no final de setembro 35.314 colaboradores.

A pôr no terreno o mesmo tipo de medidas, que a terceira maior fabricante mundial de telemóveis, têm estado outros gigantes chineses, como a Tencent (dona do WeChat ou da Riot Games e um dos principais acionistas da Epic Games), ou a Alibaba, que nos últimos meses também tiveram de despedir colaboradores

Estas medidas procuram não só ajustar a estrutura das empresas aos constrangimentos internos, mas também a um abrandamento do consumo a nível mundial. Os resultados da Xiaomi no terceiro trimestre já mostravam um recuo de 9,7% nas vendas, explicado por estes dois fatores, que há vários anos não se conjugavam em influência negativa para as empresas chinesas.

No resto do mundo, os despedimentos em empresas de tecnologia também têm estado na ordem do dia, quer pelo volume, quer pelas empresas que os têm protagonizado. Gigantes como a Meta, dona do Facebook, estão entre as companhias que viram interrompidos ciclos de crescimento que se prolongaram quase desde a sua fundação e tiveram de reajustar estrutura e investimentos em todas as áreas, nomeadamente novas contratações. Também a Amazon se juntou à lista, depois de se ver obrigada a responder ao crescimento acelerado e fora de padrão do comércio eletrónico durante a pandemia, com centenas de novas contratações.

Cada uma, Meta e Amazon, despediu mais de 10 mil colaboradores nos últimos meses. Várias outras empresas, como a Cisco ou a Microsoft, também já se juntaram ao rol das empresas que estão a reduzir pessoal, embora em menor escala.

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