Tal como prometido, foi hoje confirmado oficialmente a continuação do Web Summit em Portugal para os próximos 10 anos. A divulgação foi feita durante um encontro no Altice Arena, em Lisboa, entre o fundador da cimeira tecnológica Paddy Cosgrave, o Primeiro-Ministro António Costa e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.
Segundo os dados confirmados, o Web Summit irá receber 11 milhões de euros por ano de investimento público, totalizando 110 milhões pelos próximos 10 anos. O orçamento será retirado do Fundo de Desenvolvimento Turístico, do Ministério da Economia e da própria Câmara de Lisboa.
O Governo blindou o acordo com uma cláusula de rescisão, obrigando a organização do evento a pagar 340 milhões de euros por cada ano que não seja cumprido no contrato. Em causa esteve o interesse de outras capitais europeias no Web Summit, que poderiam ameaçar a continuidade da cimeira em Lisboa. Na corrida estavam Londres, Paris, Berlim, Dubai, Hamburgo e Munique e as rivais espanholas, Bilbau, Madrid e Valência.
Para além do investimento, a Câmara de Lisboa comprometeu-se a duplicar a área de exposição, em diversas fases ao longo dos anos. Fernando Medina refere que os planos da configuração do espaço ainda não foram definidos, mas pretende que o Web Summit ultrapasse os 100.000 participantes. A infraestrutura será depois utilizada e rentabilizada em outros eventos, alargando o espaço ocupado pela actual FIL.
António Costa salientou que, só no ano passado, o Web Summit gerou cerca de 30 milhões de euros na receita fiscal direta. Mas o objetivo, acima da faturação, é colocar Portugal no centro das atenções internacionais, mostrando que é capaz de atrair empresas tecnológicas, que podem criar empregos qualificados.
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