A Uber está a testar uma nova funcionalidade a que chamou Uber Works. O serviço consiste no registo e disponibilização de trabalhadores de curto prazo, que podem ser contratados temporariamente para levarem a cabo uma tarefa específica que esteja bem delimitada no tempo. A empresa sublinha que esta opção pode servir empresas que precisem de "empregados de mesa para um evento espontâneo" ou uma celebridade "que necessite de seguranças" durante um ou dois dias. Este novo negócio está a ser testado em Chicago, depois de ter sido posto à prova em Los Angeles, já no início do ano.
Note que este serviço pode não vir a materializar-se num negócio 100% consolidado, uma vez que está apenas em fase de teste e não existem indicações oficiais de que a empresa esteja a preparar o seu lançamento. Caso contrário, o Uber Works pode mesmo tornar-se em mais uma fonte de rendimentos para a gigante norte-americana.
Independentemente do desfecho desta "invenção", a verdade é que esta é mais uma das muitas ideias que a empresa tem tido nos últimos tempos como forma de diversificar o seu negócio. Recorde-se que a empresa quer lançar uma oferta pública de aquisição em 2019. Dois bons exemplos desta estratégia de expansão são o Uber Eats e o sistema de aluguer de trotinetes e bicicletas.
"Estes negócios adicionais são a razão pela qual a Uber é avaliada em milhares de milhões de dólares", tweetou Mike Ramsey, analista da Gartner para o sector dos transportes, esta semana. "A Amazon começou com livros. Não sei se a Uber se pode tornar numa Amazon, mas a ideia aplica-se", concluiu.
A Uber está neste momento avaliada em 70 mil milhões de dólares, mas o valor pode subir aquando da OPA. Algumas estimativas apontam para que o número ascenda aos 120 mil milhões de dólares, o que seria superior à valorização das três maiores fabricantes automóveis combinadas.
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