A Honor está a preparar um IPO (Initial Public Offering), que fará da empresa uma cotada no mercado bolsista. A informação foi partilhada pela própria empresa mas, para já, não há mais detalhes relativamente à data prevista para a operação, nem ao mercado escolhido para listar as futuras ações daquela que já foi uma sub-marca da Huawei.
No comunicado divulgado sobre o assunto, citado pela Reuters, a Honor diz que nos últimos três anos melhorou substancialmente a sua posição no mercado e que o IPO é o próximo passo no seu processo de crescimento.
De acordo com os dados da Canalys, a Honor foi a marca com mais unidades enviadas para as lojas na China durante o terceiro trimestre deste ano, num total de 11,8 milhões de unidades e a segunda com maior volume de vendas no ano passado.
Na Europa a marca também tem conseguido alcançar bons resultados. Dados da Counterpoint indicam que no terceiro trimestre foi a quinta marca que mais vendeu, aproximando-se dos volumes de vendas que tinha quando pertencia à Huawei.
Recorde-se que a Huawei tomou a decisão de vender a Honor em 2020 a um consórcio de mais de 30 entidades, onde se incluíam os principais distribuidores da marca, numa tentativa de salvar esta área de negócio das sanções impostas pelos Estados Unidos, na altura sob administração Trump.
Na altura a empresa tinha acabado de ficar sujeita a um conjunto de restrições, nomeadamente no acesso a tecnologia norte-americana, depois de ser colocada na lista negra dos EUA e das empresas que representam uma ameaça para a segurança nacional.
Isto fez com que a Huawei deixasse de ter acesso a componentes e programas essenciais para o fabrico e operacionalidade dos telemóveis, incluindo ‘chips’, semicondutores ou os serviços da Google. A separação da Honor evitou que a unidade ficasse sujeita aos mesmos condicionalismos.
A Honor foi criada pela Huawei em 2013, no mercado português entrou em 2019, para atuar no segmento de entrada do mercado móvel e direcionada a um público mais jovem.
A venda em 2020 separou da Huawei a marca, toda a área de investigação, desenvolvimento e gestão da cadeia logística, mais os 7.000 funcionários que à data trabalhavam na empresa.
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