As tecnológicas voltaram a animar a bolsa e os investidores, depois de um 2022 marcado por fortes quedas e muitas cautelas, impostas pela inflação galopante e pelo aumento consecutivo das taxas de juros.
O recorde alcançado pela Microsoft na semana passada e o crescimento acelerado da valorização das ações da Nvidia, já davam sinais de um novo impulso do sector na dinâmica do mercado de capitais. Uma análise publicada pela Statista vem agora fazer as contas à evolução do preço das ações das grandes tecnológicas, desde o início do ano, e confirmar que são as grandes responsáveis pela esmagadora maioria dos ganhos registados no Índice S&P 500. Apenas três empresas foram responsáveis por mais de metade dos ganhos acumulados. Sete asseguraram mais de quatro quintos dos ganhos.
A análise mostra que desde o início do ano as 500 maiores cotadas alinhadas no índice da Standard & Poor’s valorizaram 14,8%. A subida é até maior se o intervalo da análise recuar ao valor mais baixo de outubro de 2022, avançando para os 23%.
As empresas de tecnologias da informação e serviços de comunicações são responsáveis por 90% da valorização do índice, entre o início do ano e o dia 7 de junho, como concluiu a análise de Howard Silverblatt, que serviu de base à infografia criada pela Statista. Sem o impacto das empresas destes dois sectores, a valorização do índice não ia além de 1,41% no mesmo período, quando acabou por alcançar os 11,98% graças às tecnológicas, como apurou o analista.
Neste bloco, no entanto, a contribuição para a valorização do índice é muito distinta e apenas três empresas conseguiram assegurar mais de metade dos ganhos do S&P 500, até final da primeira semana de junho. São elas, a Apple, a Microsoft e a Nvidia. Já Alphabet, Amazon, Meta e Tesla contribuíram com mais 34%. Tudo somado, sete empresas asseguraram 84% da valorização do índice este ano.
As dúvidas sobre a capacidade de resiliência desta nova onda de entusiasmo no mercado de capitais ainda assim permanecem, até porque os sinais de alerta que puseram travão a fundo nos investimentos mantêm-se. Ainda assim, e olhando para as perspetivas em torno das três companhias que mais estão a “puxar” pelo mercado, os próximos meses devem continuar animados.
A Microsoft ainda está a começar a recolher dividendos da aposta precoce na integração do ChatGPT em várias ferramentas. A ascensão da Nvidia ao clube das empresas que valem mais de um bilião de dólares é vista como certa e para breve, ou não fosse a tecnologia da empresa a resposta óbvia (e em alguns casos a única com provas dadas) para apoiar a transformação que a IA impôs aos centros de dados.
A Apple, é a Apple, conseguiu passar pela crise e por todas as restrições da covid-19 melhor que a maioria dos concorrentes. Para este ano fiscal tem previsões de vendas ligeiramente mais conservadoras que para 2022, até prevê uma queda nas vendas de 3% para o trimestre em curso, mas a história também mostra que a companhia é conservadora nas previsões.
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