O negócio da SPC está a crescer e a empresa já expandiu a operação para França, prevendo duplicar o volume de negócios até 2026 e ultrapassar os 60 milhões de euros, mas há novas iniciativas em curso. Em entrevista ao SAPO TEK, Teresa Acha-Orbea, country manager da SPC, e Manuel Ferreira, country manager em Portugal, adiantam que a economia circular está na estratégia de desenvolvimento para o próximo ano.

"É uma aposta estratégica. Vamos começar com produtos Apple mas em 2023 vamos ter produtos recondicionados da SPC", sublinhou Teresa Acha-Orbea.

A empresa já começou com esta área de negócio em Espanha, onde trabalha com o Carrefour e alguns retalhistas de tecnologias da informação, e a experiência dá confiança para alargar a linha de produtos. "Os retalhistas estão à procura de fornecedores e somos uma alternativa de confiança em relação a startups de pequena dimensão que se posicionaram nesta área", defende a executiva da SPC.

Teresa Acha-Orbea sublinha que a aposta na economia circular faz parte de uma estratégia que também tem em vista a sustentabilidade, dando uma nova vida aos produtos que ainda podem ser utilizados e vendidos até noutros mercados, como em países africanos, por exemplo.

Teresa Acha-Orbea, country manager da SPC, e Manuel Ferreira, country manager em Portugal
Teresa Acha-Orbea, country manager da SPC, e Manuel Ferreira, country manager em Portugal créditos: SPC

O arranque com os equipamentos da Apple está ligado ao reconhecimento da manutenção do valor dos iPhone, mas também porque existe já uma cadeia montada de recondicionamento dos produtos. Mas a SPC quer também tirar partido dos seus centros de manutenção para fazer a reparação e dar uma vida nova aos seu próprios produtos, desde smartphones a tablets, e até equipamentos de som.

Questionada sobre o valor que poderá adicionar a telemóveis ou tablets da SPC, que são já produtos de baixo custo, Teresa Acha-Orbea garante que esta é uma linha de atuação que faz sentido. "Vendemos produtos de entrada de gama mas com boa qualidade e bom valor, aos quais adicionamos mais dois anos de garantia que é complementar, depois dos produtos terem sido super verificados e remodelados", acrescenta, dizendo que os grande players do retalho estão à procura deste tipo de soluções.

"O que trazemos também é a confiança assente em mais de 30 anos no mercado", defende Teresa Acha-Orbea.

O negócio ainda não está totalmente montado, nem há ainda ideia dos preços a praticar, e a executiva da SPC sublinha que o objetivo é avançar devagar, mas com passos seguros. "Queremos crescer nesta área mas a olhar de forma estratégica", sublinha.

Para 2023 esta área de negócio deve gerar apenas 10% do volume de vendas da SPC, mas o objetivo é criar sustentabilidade para o futuro.

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