Durante a tarde de hoje, as nove startups finalistas das três categorias dos prémios Altice International Innovation Award 2022 (AIIA 2022) fizeram o pitch final, procurando convencer o júri para o prémio final. Este ano foram submetidos 125 projetos, incluindo da Irlanda, país convidado a participar nesta edição, elevando a dificuldade de deliberação do painel de júri.
Alexandre Fonseca, co-CEO da Altice Europe foi o presidente e porta-voz do júri, composto por outros dirigentes da empresa, incluindo Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, Alcino Lavrador, diretor geral da Altice Labs. O júri incluiu ainda nomes ligados ao ensino, saúde, assim como representantes do sector empresarial da Irlanda. As categorias em avaliação são a Startup, Academia e ainda o prémio de inclusão Inclui by Altice.
Recorde-se que na categoria de startup há um prémio de 50 mil euros a que se soma a possibilidade de concretização de uma prova de conceito com o Grupo Altice, enquanto na categoria de Academia o prémio é de 25 mil euros, distinguindo o melhor trabalho académico. Os empreendedores da área de inclusão têm ainda uma categoria especial, com o prémio “Inclusive by Fundação Altice”, no valor de 20 mil euros.
Alcino Lavrador, Diretor-Geral da Altice Labs, deixou um agradecimento especial aos participantes, júri e os parceiros da Irlanda que estiveram também presentes nesta sexta edição dos prémios de inovação. “Faz todo o sentido, uma vez que a Altice é o maior investidor em inovação. Altice e inovação são palavras que se conjugam lado a lado”. A ligação ao empreendedorismo, a academia e à sociedade tem sido o fio condutor desta iniciativa. Refere que não se trata apenas do prémio monetário, mas o prestígio que o galardão confere às empresas vencedoras.
A presidente executivo da Altice Portugal, Ana Figueiredo, deixou uma palavra ao embaixador da Irlanda e a comitiva das empresas tecnológicas presentes nesta gala de entrega de prémios da Altice. E realça que esta foi a maior edição de sempre do evento. “Todos sabemos que a inovação é um elemento-chave de desenvolvimento económico”. A inovação é um processo de criação caótico, sem regras ou métricas que sejam possíveis avaliar o sucesso, diz a líder da Altice Portugal.
Veja na galeria imagens da cerimónia de entrega dos prémios e respetivos pitchs:
Afirma que é preciso tentar e falhar, aprender com os erros e voltar a tentar. Um processo que se faz através de resiliência e perseverança. A Altice Portugal diz que incentiva o risco na procura de novas soluções para a sociedade. “Não existe inovação sem ambição e no caso da Altice, sem tecnologia”. Diz que a empresa tem vindo a investir na inovação e sente que é uma fonte de inspiração a outros players. E há seis edições que desafia os empreendedores a colocar na mesa os seus projetos, com ambição, para construir novas soluções para os problemas atuais.
Do nacional, passou para o internacional, tendo passado nomes incontornáveis na área da inovação. Exemplo disso são os nove finalistas, que procuram contribuir para um melhor futuro e para a economia. As palavras foram devolvidas por Leon Clancy, da Enterprise Ireland, referindo estar bem ciente do talento e tecnologia presente do país. A sua organização tem como missões fazer crescer o seu tecido de startups irlandesas, destacando a importância estratégica desta parceria com a Altice Portugal.
Os grandes vencedores dos prémios de inovação
O primeiro prémio entregue foi Born From Knowledge. Tal como nas edições anteriores, a Agência Nacional de Inovação (ANI) volta a associar-se aos prémios AIIA, para atribuir o prémio Born From Knowledge ao melhor projeto finalista “nascido do conhecimento”. Esta categoria premeia as atividades de investigação e desenvolvimento que valorize o conhecimento científico e tecnológico nacional e que responda aos desafios da sociedade e contribua para a economia.
Para anunciar o prémio, Diogo Gomes de Araujo, da ANI, realça a frase da instituição “fazer o futuro, hoje”, onde realça a capacidade de tornar o projeto académico em negócio. O prémio foi atribuído ao projeto IPLEXMED.
A IPLEXMED apresenta uma plataforma de diagnóstico não invasivo, em contexto doméstico, de infeções respiratórias clínicas. Existem doenças que não deixam muita margem de manobra para diagnósticos, levando muito tempo a marcar exames. A sua solução é portátil, oferecendo resultados rápidos e práticos.
O sistema funciona com um cartucho que recolhe amostras de saliva, por exemplo, inserido no módulo, que por sua vez é ligado ao PC, acedendo à sua base de dados ou à cloud. Tem sensores de grafeno que capturam moléculas, dando resultados em 20 minutos. Pode ser aplicado a qualquer pessoa, reduzindo de dias para minutos a deteção precoce de doenças, salvando dessa forma vidas. O seu negócio é fornecer os equipamentos a centros de saúde, mas também diretamente aos pacientes. A tecnologia consegue fazer diferentes análises com apenas uma amostra.
A solução Dreamwaves foi a vencedora da categoria Inclui by Fundação Altice, com a atribuição de 20 mil euros, enquanto melhor projeto inclusivo ao serviço dos cidadãos.
A Dreamwaves é uma solução de navegação baseada em Audio Augmented Reality que pode beneficiar utilizadores com défices visuais, seniores e também ciclistas e motociclistas. Esta proposta é stand alone e integra navegação mãos-livres através de áudio espacial, realidade aumentada e localização de utilizadores através de modelos de machine learning. Os sons virtuais são ativados pela aproximação do utilizador e ouvidos como se fossem objetos reais, ajudando a caminhar mais facilmente para cada fonte.
Na categoria Startup, a grande vencedora foi a Inclusio, com um prémio de 50 mil euros e a possibilidade de criar um piloto para o Grupo Altice.
A Inclusio é uma plataforma que combina tecnologia, ciência comportamental e Inteligência Artificial que permite que os empregados de uma organização construam, de forma confidencial, o seu perfil de diversidade. As empresas podem medir e rastrear o nível de experiência e profissionalismo através de políticas mais inclusivas.
A ciência comportamental é acompanhada por analítica, ajudando as empresas a compreender a importância da diversidade e inclusão. O objetivo é os gestores aprenderem a criar um melhor ambiente dentro das equipas.
Relativamente à categoria Academia, o vencedor foi o projeto Dynamic Defense for Softwarized and Virtualized Networks. O projeto pretende ser uma abordagem inovadora para fazer face ao atual cenário de prevalência de riscos de Cibersegurança que alia técnicas de Moving Target Defense (MTD) e autenticação de dois fatores. Prevê a criação de uma camada de defesa/autenticação de rede que irá mover a superfície de ataque (a função potencialmente vulnerável) observando todas as configurações disponíveis e assim impedindo ou dificultando o processo de ataque. O projeto recebeu um prémio de 25 mil euros.
Elvira Fortunado, Ministra de ciência, tecnologia e ensino superior de Portugal, deixou uma mensagem aos vencedores e de apoio aos participantes, gravado a partir do MIT em Boston. Alexandre Fonseca fechou a cerimónia, igualmente a agradecer a todos os candidatos e empreendedores, numa palavra igualmente à comitiva irlandesa, realçando o seu ecossistema de inovação, que já se tornou uma referência no crescimento da economia assente na tecnologia, em particular a Enterprise Ireland, pela parcerias há vários anos com a Altice. A diversidade e inovação são as palavras-chave realçadas por Alexandre Fonseca, agradecendo o trabalho do júri pelo longo trabalho de seleção dos projetos. Terminou o seu discurso no elogio ao trabalho de inovação que está a ser feito na Altice Labs. Revelou por fim, a parceria estratégica com uma operadora alemã para desenvolver uma rede de fibra ótica, com a mais recente tecnologia, com o objetivo de abrir novos mercados.
Alexandre Fonseca, destaca, como líder do grupo, continua a acreditar neste projeto, na expansão para outros mercados e a continuação de investimento na inovação. E no compromisso de ter criado a Altice Labs, o seu sonho não se tornou apenas realidade, como um sucesso. E tudo graças ao investimento do grupo em tecnologia e inovação "Made in PT". Ter a capacidade de inovar em todas as regiões, de um projeto que nasceu em Aveiro, hoje faz parte de uma rede e ecossistema alargado a todo o país e regiões autónomas. Diz que a revolução digital é diferente das anteriores, como a industrial, faltava-nos a matéria-prima, no caso, as linhas dos caminhos-de-ferro, mas a nova revolução temos o conhecimento e inovação para liderar a indústria. "São as empresas o motor das economias, são as que pagam os impostos e criam empregos. São a solução económica e social", deixando o recado que existe Estado a mais e empresas a menos, como que a salientar a dificuldade que tem sido explorar o 5G.
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