Um estudo da Comissão Europeia atribui a Portugal 10,6%, uma dependência financeira relevante ligada às plataformas digitais, tais como os serviços de mobilidade (Uber, Taxify e Cabify), mas também outros, entre os quais a Glovo, Airbnb, Zomato, Booking e UberEats, para referir algumas, avança o Diário de Notícias. Negócios que envolvem centros de contacto e retalhistas comerciais com presença digital, tais como supermercados e lojas de roupa e calçado estão incluídos na estatística.

Os dados focam-se em quem ganha pelo menos metade do seu rendimento nas plataformas, trabalhando mais de 20 horas por semana nesta área. Nos 14 países visados no estudo, o Reino Unido surge em primeiro com 12%, Espanha em segundo com 11,6% e Portugal completa o pódio com 10,6%.

O estudo refere que embora muitas plataformas empreguem diretamente os seus trabalhadores, também são contabilizados aqueles que trabalham com a marca ou utilizam as respetivas plataformas, e dessa forma obtêm pagamento.

Em contraste com o trio dianteiro, no qual se seguem a Alemanha e a Holanda, países como a Finlândia, Hungria e Eslováquia ainda não enraizaram as plataformas digitais, não chegando aos 7%.

Em Portugal, a plataforma Uber é uma das que tem mais peso na estatística. Recentemente, segundo dados apresentados pela Uber no âmbito de um estudo pedido à Deloitte, só em Lisboa a empresa emprega 5.300 trabalhadores, sendo 3.700 motoristas, números que espera ver duplicados entre 2018 e 2020.

São cada vez mais as empresas a surgirem na área de serviços assentes em plataformas digitais. Segundo a mesma fonte, a Zomato, empresa de reservas e classificações de restaurantes e bares, emprega na sua sede em Lisboa 40 pessoas. A UberEats, Glovo e SendEat, que operam na área de entregas de comida na casa das pessoas poderá contar com o Pingo Doce a explorar o conceito.

O aumento do turismo em Portugal também permitiu a plataformas como a rede de alojamentos Airbnb e serviços de reservas online como a Booking, Tripadvisor e Trivago alargarem a sua presença.