O Gabinete do Ministro de Estado, da Economia e Transição Digital divulgou o relatório referente ao segundo e terceiro trimestre do ano relativo à atividade de jogos e apostas online. O segundo trimestre, que ficou marcado pela pandemia de COVID-19 mudou os hábitos dos portugueses no que diz respeito às apostas. No período referido, verificou-se uma quebra expressiva no volume de apostas desportivas à cota online face a períodos anteriores. A explicação prende-se com a suspensão de um elevado número de competições desportivas.

Por outro lado, houve um aumento significativo do volume de apostas em jogos de fortuna ou azar online, devendo-se em parte, ao encerramento de todos os casinos até ao dia 1 de junho, devido à pandemia.

“No terceiro trimestre de 2020, verificou-se um regresso da atividade de exploração dos jogos e apostas online para níveis e padrões mais próximos dos registados em períodos anteriores ao surto pandémico, assistindo-se, por comparação com o segundo trimestre deste mesmo ano, a uma recuperação dos montantes das apostas realizadas nas apostas desportivas à cota e a uma diminuição os jogos de fortuna ou azar”, lê-se no comunicado.

O terceiro trimestre do ano contabilizou um crescimento de 156,8 mil novos registos, numa recuperação face ao trimestre anterior que foi de 130,3 mil novos registos. Por sua vez, foi inferior em menos 27,1 mil registos que o primeiro trimestre do ano.

Os jogadores com idades compreendidas entre os 25 e 44 anos representam cerca de 62% do total de jogadores registados, enquanto que os mais jovens, entre os 18 e 24 anos, correspondem a 22,5% do total.

Do número total de jogadores que realizaram apostas durante o terceiro trimestre de 2020, 44,7% efetuaram as suas apostas exclusivamente em apostas desportivas à cota, 33,4% jogaram somente em jogos de fortuna ou azar e 22% dos jogadores tiveram prática de jogo em apostas desportivas à cota e em jogos de fortuna ou azar. Segundo é referido, estes dados revelam padrões mais semelhantes aos períodos anteriores ao surto pandémico provocado pela COVID-19, invertendo o padrão observado no segundo trimestre de 2020 (quase metade, 48,7%) jogaram somente em jogos de fortuna ou azar, 34,4% exclusivamente em apostas desportivas à cota e 16,9% realizaram apostas em ambas as categorias.

O regresso gradual à normalidade, a reabertura dos espaços e a retoma das competições, fizeram os números regressar à normalidade, durante o terceiro trimestre do ano.