
Citado em comunicado, o presidente da tecnológica realça que, na atual conjuntura de volatilidade geopolítica, a Microsoft compromete-se a “oferecer estabilidade digital”. Os cinco compromissos digitais começam com uma expansão da infraestrutura de cloud e de IA no continente europeu.
Ao todo, a empresa tenciona aumentar a sua capacidade de data centers na Europa em 40% nos próximos dois anos, o que “resultará em operações de cloud em mais de 200 data centers em todo o continente”. “Estamos a expandir as operações de data centers em 16 países europeus”, acrescenta Brad Smith.
Segundo a tecnológica, a expansão terá um papel importante no reforço do crescimento económico e da competitividade da Europa, com a IA a afirmar-se como um dos “principais motores da inovação e do crescimento da produtividade na próxima década”.
A Microsoft compromete-se também a ajudar o continente a enfrentar o ambiente geopolítico e económico-comercial incerto, assim como a gerir melhor o risco, com vista ao reforço da resiliência digital europeia.

Brad Smith afirma que os países europeus precisam de ter confiança na infraestrutura digital da qual dependem. Para tal, a tecnológica vai adotar um conjunto de medidas, que incluem a supervisão por parte de um conselho de administração europeu das suas operações de data center europeias e os respetivos conselhos de administração.
Todos os contratos com governos nacionais europeus e com a Comissão Europeia vão passar a incluir um um novo Compromisso Europeu com a Resiliência Digital, que será juridicamente vinculativo para a Microsoft e todas as suas subsidiárias.
A tecnológica afirma também que terá o apoio de parceiros europeus, neste caso na França e Alemanha, com planos de contingência para assegurar a continuidade operacional, no caso de um tribunal a obrigar a suspender serviços.
Proteger a privacidade dos dados europeus é outro dos compromissos da empresa. Nesse sentido, a tecnológica realça que concluiu recentemente a implementação do projeto EU Data Boundary, que oferece aos clientes europeus a possibilidade de armazenar e processar os seus dados na Europa.
Através do compromisso Defending Your Data, a Microsoft afirma que contestará “qualquer pedido de acesso por parte de governos a dados de clientes do setor público ou privado da UE, sempre que exista base legal para o fazer”, detalha Brad Smith.
A par da privacidade, a defesa da cibersegurança europeia afirma-se também como um dos compromissos da Microsoft. “Mais de três anos após o início da guerra na Ucrânia, os governos e países europeus continuam a enfrentar ciberataques provenientes da Rússia, China, Irão e Coreia do Norte”, sublinha o responsável.
À medida que as ameaças aumentam, tanto em número como em sofisticação, a empresa anuncia uma estratégia que inclui a nomeação de um novo Deputy CISO para a Europa, a preparação de medidas enquadradas com o Cyber Resilience Act e o envolvimento de entidade auditora independente para verificar e validar os seus compromissos com a Europa
Por fim, a Microsoft compromete-se a ajudar a reforçar a competitividade económica da Europa, incluindo no domínio do Open Source. No ano passado, a empresa já tinha anunciado um conjunto de Princípios de Acesso à IA e, agora, anuncia que vai aprofundar esses compromissos através de novas medidas nos próximos meses, promovendo o acesso aberto à sua plataforma de IA e Cloud Azure, incluindo para projetos Open Source.
A Microsoft detalha que a sua infraestrutura e plataforma de Azure AI conta com mais de 1.800 modelos de IA, com opções “abertas” de empresas como a Mistral e Hugging Face.
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