A convivência com os robots é cada vez mais uma realidade nas empresas, oferecendo um grande potencial económico e criativo na sua adoção. E a Alphabet, a casa-mãe da Google, quer ter um papel ativo na oferta de robots mais acessíveis a todas as empresas e negócios. E assim revelou que a Intrinsic uma das suas empresas do ecossistema Moonshot, está pronta para arranjar parceiros de negócio e colocar à prova o seu produto.

A Moonshot é uma incubadora onde muitos negócios se mantêm em desenvolvimento até terem asas para voar e se tornarem independentes, e de preferência lucrativas, algo que não aconteceu com os balões de internet Loon.

O objetivo da Intrinsic é desenvolver ferramentas de software desenhadas para construir robots industriais, utilizados em qualquer indústria, dos painéis solares ao fabrico de automóveis, que sejam fáceis de utilizar, mais baratos e flexíveis, “para que mais pessoas os possam utilizar para criar novos produtos, negócios e serviços”, salienta Wendy Tan-White, CEO da empresa no blog.

Veja na galeria imagens do treino dos robots na Intrinsic:

Ao oferecer ferramentas de produtividade mais acessíveis, a empresa espera suportar a mudança mais sustentabilidade para a forma como se fabricam as coisas. Destaca que 70% da fabricação dos produtos no mundo está na mão de apenas 10 países. E a Alphabet pretende mexer nessa balança, para dar oportunidades económicas a mais países e negócios e ao mesmo tempo reduzir as emissões, pois descentralizar a fabricação dos produtos, significa uma redução de emissões globais nos transportes. Mas também procura direcionar os robots às indústrias mais poderosas, referindo que em 2030 espera-se que nos Estados Unidos se somem 2,1 milhões de empregos por preencher.

Escola de robots inteligentes

A empresa refere que pouco tem mudado ao longo das décadas no processo de ensinar aos robots como fazer as coisas, de forma manual. “Programadores especializados podem gastar centenas de horas a programar robots para executar trabalhos específicos, tais como agarrar em dois pedaços de metal ou colar placas eletrónicas”, acrescentando que muitas tarefas, as mais delicadas, ficam por explorar pela falta de sensores ou software que os permita compreender o seu arredor físico.

A equipa tem trabalhado nos últimos anos numa forma de tornar os robots industriais mais eficazes na habilidade de sentir, aprender e ao mesmo tempo, fazer ajustes automaticamente quando completam as suas tarefas, para que possam trabalhar numa maior abrangência de definições e aplicações. A empresa trabalhou com outras startups da Alphabet e parceiros para testar software focado em técnicas como perceção automatizada, deep learning, aprendizagem reforçada, planeamento de movimentos, simulação e controlo da força.

E como exemplo, diz que demorou apenas duas horas para treinar um robot a completar uma tarefa de ligação USB, que de forma convencional demoraria centenas de horas para programar. Em outros testes, diz que orquestrou múltiplos braços robóticos para montar uma instalação arquitetada e uma peça simples de mobília. Para a empresa, na realidade atual isto não é possível de realizar ou sequer acessível, destacando que existem milhões de outros exemplos semelhantes em todo o mundo.

O software da Intrinsic pretende reduzir de forma radical o tempo, o custo e a complexidade necessária para treinar robots industriais. Depois de cinco anos e meio na Moonshot, a empresa diz estar pronta para se tornar independente, focar-se a desenvolver os seus produtos e validar a tecnologia. Diz estar à procura de parceiros em diferentes industrias, automóvel, eletrónica ou saúde, pois estas já estão a usar robótica industrial. E a empresa promete potenciar o seu uso.

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