O fēnix 8 Pro, que chegou ao mercado português em setembro, é uma das novas joias da coroa da Garmin, apostando em grande nas capacidades de comunicação, e com funcionalidades de segurança reforçada, para uma experiência desportiva que depende cada vez menos do smartphone. 

Em entrevista ao TEK Notícias, Salvador Alcover, diretor-geral da Garmin Ibéria, afirma que o fēnix é um dos “produtos estrela”, num relógio que “nasceu” há vários anos como um modelo para atividades ao ar livre e que foi evoluindo ao longo do tempo, passando a integrar funcionalidades cada vez mais avançadas.

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Como detalha o responsável, a estratégia com o novo fēnix 8 Pro passa por apostar nas capacidades de comunicação, sobretudo na conectividade via satélite, algo que a marca considera ser não só um elemento diferenciador em comparação com outros modelos no mercado, mas também uma mais-valia para os consumidores.

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“Inicialmente, haverá uma parte do mercado que vai perceber e valorizar de imediato esta inovação e vai comprá-lo por isso”, explica Salvador Alcover. “Depois haverá outra parte que o comprará apenas porque é a última novidade, talvez sem pensar na componente de comunicação e só quando lhes acontecer algo perceberão o valor real dessa funcionalidade”.

Nesse sentido, a marca espera que a introdução destas funcionalidades de comunicação “alimentem” a procura, apelando aos consumidores no segmento do fitness que querem dar prioridade à segurança durante a prática desportiva.

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Para a Garmin, o segmento de fitness é, neste momento, aquele que mais está a crescer. De acordo com o responsável, “os relógios de running estão a ‘explodir’ em vendas”, numa tendência que também se aplica aos modelos mais focados no bem-estar, ou wellness.

Embora o segmento dos modelos para ciclistas continue a crescer, não o faz o mesmo ritmo dos relógios para os entusiastas de corrida. “E isso acontece porque há cada vez mais pessoas a encarar o running como uma forma de cuidar da saúde”, indica Salvador Alcover.

No segmento de wellness, notamos um claro aumento de pessoas interessadas não só nas funções típicas de um smartwatch, mas em relógios que, além dessas funções, ofereçam ferramentas orientadas para o bem-estar e a melhoria da saúde”, detalha.

Foco no mercado ibérico

Embora os smartwatches sejam apenas uma das áreas de negócio da Garmin, representam aquilo que Salvador Alcover descreve como “a parte mais importante”. Só no mercado ibérico, do qual fazem parte Portugal, Espanha e Andorra, o segmento representa entre 45% a 50% das vendas.

Apesar das diferenças de dimensão, a Garmin considera Portugal e Espanha mercados estratégicos de igual importância. É certo que Portugal é mais pequeno em termos de habitantes, mas isso não limita o investimento e a presença da marca no país.

A nível de evolução, o mercado português e espanhol partilham um percurso semelhante. No entanto, existem diferenças entre os hábitos dos consumidores. Por um lado, os consumidores portugueses afirmam-se como um público mais “profissional”, que gosta de lojas especializadas e mais exigente quanto ao atendimento personalizado, indica o responsável. 

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Em Portugal, existe também uma maior procura por produtos que satisfaçam necessidades específicas, sem optar automaticamente pelo produto mais caro. Por outro, os consumidores espanhóis, embora cada vez mais orientados para lojas especializadas, continuam a mostrar sensibilidade em relação à questão do preço.

No que toca aos padrões de consumo, os dois mercados voltam a partilhar semelhanças. Como explica o responsável, quando o mercado do running cresce em Espanha, cresce também em Portugal e o mesmo se aplica ao ciclismo, à náutica e ao outdoor.

“O nosso interesse não é definido pela dimensão do mercado, mas sim pela vontade de ter presença e oferecer o mesmo serviço em todos os países”, realça o responsável. “Queremos que a Garmin esteja tão presente em Portugal como em Espanha e Andorra e os esforços são equivalentes”

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