A União Europeia está a estudar possibilidades de resposta, se a ameaça de Donald Trump se confirmar e os Estados Unidos vierem a aplicar novas tarifas aos produtos importados da Europa.
Segundo o Financial Times, que cita duas fontes próximas ao processo, as Big Tech surgem como os alvos mais visados se a UE acabar por rever a política fiscal, depois de os Estados Unidos fazerem o mesmo. Neste leque de empresas estão gigantes como a Alphabet, dona da Google, a Meta (Facebook e Instagram), a Microsoft ou a Apple.
De acordo com esta informação, está a ser estudado um “instrumento de anti-coerção” que incidirá sobre os serviços norte-americanos consumidos pelos europeus e as grandes tecnológicas, que pela dimensão acabarão por estar entre as empresas mais visadas.
O instrumento anti-coerção terá sido desenhado ainda durante o primeiro mandato de Trump na Casa Branca, para responder ao mesmo tipo de pressão que está agora a ser exercida pelo presidente norte-americano, não só sobre a Europa como também sobre outros países e regiões.
Sem violar as leis de comércio internacional, permitirá à UE impor restrições ao comércio de serviços, em resposta à imposição de tarifas por parte de outro país com o objetivo de forçar mudanças políticas. Um exemplo dado é o de uma possível sobrecarga tarifária sobre a Dinamarca, para que o país abdique do controlo da Gronelândia, algo que justificaria uma resposta com aquelas características.
A ameaça de novas tarifas sobre os produtos que a Europa exporta para os Estados Unidos para já permanece vaga. Ao contrário do que aconteceu noutros casos, não foi anunciado qual será o aumento, nem a partir de quando vigorará.
As tarifas em questão são pagas à entrada do país pelos importadores dos produtos. Há um amplo debate sobre o seu benefício para o reforço da economia já que, embora não sobrecarreguem diretamente os consumidores, esse custo acabará por ser refletido no final da cadeia.
Na tecnologia, por exemplo, consultoras e associações americanas do sector estão cautelosas em relação às previsões para 2025, tanto nas vendas de computadores como de smartphones, por causa do impacto destas tarifas, que afetarão diferentes interlocutores comerciais dos Estados Unidos, como também é o caso do Canadá ou da China.
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