Ao longo do ano passado, os diferentes organismos da Administração Pública investiram 8,9 milhões de euros em segurança informática e serviços de cibersegurança. Esta verba soma os montantes gastos nas 109 adjudicações realizadas nesta área, durante o ano de 2022.
Um terço da verba foi alocada a contratos realizados no distrito de Lisboa, num total de 3 milhões de euros, dispersos por 41 adjudicações. No distrito do Porto foram realizadas 20 adjudicações no âmbito de outros tantos contratos públicos, no valor de 1,8 milhões de euros.
Ainda assim, o organismo público mais ativo na contratação pública de serviços ou soluções de cibersegurança foi a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, que adjudicou projetos no valor de 1,6 milhões de euros. Seguiram-se a Autoridade Tributária Aduaneira e o Instituto de Informática, com 662 mil euros e 423 mil euros, respetivamente.
A Meo foi a empresa com maior verba adjudicada, no conjunto dos contratos que conseguiu firmar com organismos públicos nesta área da segurança, ao longo do ano passado. A empresa de telecomunicações detida pela Altice garantiu projetos no valor de 1,8 milhões de euros com o Estado. A consultora Informática Reload foi a segunda empresa que mais faturou com o Estado em cibersegurança, em 2022, 1,1 milhões de euros, e a Rcsoft – Sistemas de Informação Unipessoal fecha o pódio com projetos de 659 mil euros.
Estes dados foram apurados pela TendersTool, uma plataforma online de informação sobre contratos públicos, que ajuda as empresas a manterem-se informadas dos procedimentos previstos. A ferramenta também suporta diferentes tipos de análise à informação gerada pelos vários concursos realizados.
A mesma fonte, reuniu ainda informação sobre alguns dos maiores contratos do ano, na área da cibersegurança, por parte de entidades do Estado. Destaque para um contrato para o fornecimento, instalação e suporte da plataforma Azores Cyber 360º, que valeu 1,6 milhões de euros. Numa aquisição de peças de substituição, upgrade de firmware e da segurança nas appliances Exalogic e Exalogic 2.ª geração foram gastos 604 mil euros. Já na aquisição de licenças e suporte para controlo e proteção de email foram investidos, num outro procedimento, 403 mil euros.
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