"A Meta não quer ou ameaça sair da Europa e qualquer notícia que implique que nós o queremos é simplesmente não verdadade", afirma uma declaração publicada hoje pela empresa mãe do Facebook e do Instagram .Um relatório publicado na semana passada voltou a ser notícia esta semana pela identificação clara de que o bloqueio à transferência de dados entre a Europa e os Estados Unidos era considerado um risco. Vários meios pegaram no tema e a Meta vem agora desmentir essa intenção.
"Tal como outras 70 empresas da União Europeia e dos Estados Unidos, identificámos um risco de negócio que resulta da incerteza à volta da transferência de dados", justifica o mesmo documento, assinado por Markus Reinisch, vice presidente de políticas públicas na Europa.
O post refere ainda que este não é um tema novo. "identificámos as transferências de dados internacionais em cada relatório pelo menos desde o segundo trimestre de 2018, e sublinhámos os riscos específicos para os nossos serviços", indica.
O relatório refere claramente que "se um novo framework de transferência de dados transatlântico não for adotado e não pudermos continuar a confiar em SCCs [Standard Contractual Clauses] ou contar com outros meios alternativos de transferência de dados da Europa para os Estados Unidos, vamos provavelmente se incapazes de oferecer uma parte dos nossos produtos e serviços mais significativos, incluindo o Facebook e Instagram, na Europa, o que pode afetar negativamente os nossos negócios, condição financeira e resultado das operações". Na altura um porta voz da empresa adiantou ao SAPO TEK que "não temos nenhum desejo ou planos para sair da europa mas a realidade é que a Meta, como muitas outras empresas, organizações e serviços, depende de transferência de dados entre a União Europeia e os Estados Unidos para operar serviços globais".
O escalar das notícias pode ter feito com que a Meta decidisse fazer uma declaração ainda mais categórica.
"Não temos absolutamente nenhum desejo de nos retirar da Europa; claro que não. Mas a simples realidade é que a Meta, como muitas outras empresas, organizações e serviços, depende de transferências de dados entre a UE e os EUA para operar nossos serviços globais. Nós não estamos sozinhos. Pelo menos 70 outras empresas em uma ampla variedade de setores, incluindo dez empresas europeias, também aumentaram os riscos em torno das transferências de dados nos seus registros de lucros", escreve agora Markus Reinisch.
O post adianta ainda que "como outras empresas, marcas e organizações comerciais internacionais e europeias, esperamos ver um progresso contínuo nas negociações para uma substituição do Privacy Shield para proteger as transferências de dados transatlânticas, garantir proteções de privacidade robustas e manter comunidades, economias, empresas e famílias globais conectadas".
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