Devido à pandemia de COVID-19, que gerou uma crise nos mercados, houve um crescimento de tentativas de fraude aos investidores. Durante 2020, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu perto de 50 alertas sobre entidades não habilitadas a prestar serviços financeiros. Trata-se de um número inédito e o maior dos últimos sete anos, avança o Negócios.
A CMVM terá intensificado nos últimos meses os alertas aos investidores para a ocorrência de atividades com o potencial de serem fraudulentas. Os 45 alertas sobre as entidades não autorizadas a prestar serviços financeiros foi a maior quantidade alguma vez feita pela Comissão. Até agora, o máximo de alertas anuais, da última década, não ultrapassou os 12, e ocorreram em 2011 e 2012, num período da crise financeira que assolou o país.
O jornal fez um balanço sobre os registos de fraude dos últimos anos, entre 2013 e fim de 2019, onde foram somados 42 alertas sobre entidades que se fizeram passar por intermediários financeiros registados para prestar os serviços. O número de alertas registados dos últimos seis anos, antes de 2020, são apenas metade do total ocorrido durante este ano. A última ocorrência de tentativa de fraude aconteceu ainda no início desta semana, de uma entidade que se tentava associar ao banco Montepio. Este foi o terceiro aviso deste mês de dezembro.
Segundo um porta-voz da CMVM, existem vários fatores que contribuem para o aumento de fraudes, desde o contexto atual das taxas de juro baixas, que incentivam ao maior risco pelos investidores; assim como o acesso facilitado aos meios digitais para a promoção das atividades e serviços financeiros através das novas tecnologias. Com o aumento do número de casos, a Comissão reforçou a monitorização destas entidades de forma a acelerar a reação para eliminar as tentativas de fraude, e dessa forma, proteger os investidores que procuram intermediários financeiros autorizados e em cumprimento da lei.
Entre os alertas, constam ainda nove relacionados com sites fraudulentos que utilizam, de forma abusiva, elementos de identificação de entidades que são supervisionadas pela CMVM. Os alertas foram acompanhados por 42 denúncias por parte dos investidores.
O regulador tem feito esforços na divulgação de informação sobre a fraude digital no seu website, apelando aos consumidores de produtos financeiros para estarem atentos. Devem consultar a lista dos intermediários financeiros autorizados para prestar o serviço, de forma a não caírem em esquemas de fraude. A CMVM afirma ainda que o aumento do fenómeno é global, e que dos 607 alertas de 2018, 1.408 alertas em 2019, em 2020 foram registados 3.555 alertas das congéneres em todo o mundo.
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