A semana arranca com anúncios de peso na tecnologia, se por peso entendermos os momentos envolvidos em cada um deles. O mais valioso destes negócios ainda não aconteceu, mas a confirmar-se deve envolver 10 mil milhões de dólares e será protagonizado pela Meta que, segundo a Bloomberg estará em negociações para investir um valor dessa ordem na Scale AI.

Na carteira de investidores a Scale AI já tem nomes de peso, como a Amazon, a Nvidia, entre outros. A empresa faz a catalogação de dados e avaliação de modelos para aplicações de inteligência artificial. A tecnológica está no mercado desde 2016. A última avaliação conhecida da empresa apontava para os 14 mil milhões de dólares.

Qualcomm vai comprar  tecnológica britânica por 2,4 mil milhões de dólares

Entretanto, a gigante dos processadores Qualcomm vai gastar 2,4 mil milhões de dólares para comprar a Alphawave, numa aposta para reforçar o portfólio de tecnologias de inteligência artificial.

O anúncio da operação fez as ações da tecnológica britânica dispararem e vão compensar e bem o investimento dos acionistas da empresa, que asseguram um prémio de 96% face ao preço das ações no final do mês de março, quando se soube que a Qualcomm tinha interesse no negócio.

A Alphawave desenha, entre outros, semicondutores para centros de dados, uma área onde a Qualcomm anunciou em maio que queria reentrar. Quando anunciou a aquisição, a fabricante reconheceu que as tecnologias de computação e conectividade da Alphawave são altamente complementares aos seus CPUs e NGUs.

IonQ absorve britânica Oxford Ionics

Também envolvendo uma empresa do Reino Unido, a americana IonQ, que opera na área da computação quântica, chegou a acordo com a Oxford Ionics, e vai desembolsar 1,1 mil milhões de dólares pela startup. Este spin-off do Instituto de Computação Quântica da Universidade de Oxford, fornece serviços de computação quântica (QCaaS) e mantém uma plataforma de hardware quântico de alto desempenho.

Como têm frisado alguns analistas, o preço baixo e as dificuldades de valorização das startups europeias de tecnologias inovadoras como estas tornam-nas apetecíveis para as empresas americanas e isso tem-se visto cada vez mais, à medida que as tecnológicas aceleram para segurar uma posição no mercado.