Foram muitas as empresas portuguesas que, no ano passado, marcaram presença na primeira edição da conferência em Lisboa, umas com “ajuda” outras não. E vimos que, este ano, houve quem regressasse por conta própria e quem tenha decidido que não valia a pena.
O TEK esteve à conversa com startups repetentes, não repetentes e pertencentes à categoria Alpha. Depois, voltámos a atravessar os 900 metros que separam os quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL) e descobrimos o que faziam no Web Summit algumas startups Beta, ou seja, aquelas que já têm software instalado em clientes e que procura crescer.
A MUB CARGO, plataforma portuguesa que oferece serviço de transporte de mercadorias para empresas ou privados, esteve presente no ano passado, mas “não com um stand”, explicou Nuno Silva, developer da empresa. E, para já, as expectativas têm sido surpreendentes, refere.
“Achava que ia haver mais mirones e muito menos pessoas a pedir informações sobre a plataforma, mas até já tivemos pedidos de uma pessoa que precisava de transportar um item da Suiça para a Madeira e fê-lo aqui, no stand.”
As reuniões com investidores (enquanto falávamos com o empreendedor, os seus colegas estavam numa reunião com um investidor), também têm acontecido, mas, o mais relevante tem “sido o networking e dar-mo-nos a conhecer”, esclarece.
Para a startup norte- americana, Jyve, esse é também um dos pontos essenciais da presença no Web Summit.
A plataforma, que pretende simplificar o processo de marcação de concertos de música ao vivo entre os músicos e os locais, terminou no top 3 do Collision, e desse evento “tirámos muito boas relações e algumas parcerias, pelo que esperamos fazer o mesmo aqui”, diz-nos William Bragunier, diretor de marketing da startup.
A aplicação, que começou como um projeto escolar, numa aula de gestão de negócios, foi lançada em fevereiro e conta com cerca de 1.400 utilizadores. E investimento? “Ainda não tivemos qualquer investimento Começámos a fazer dinheiro há cerca de três meses e, neste momento, estamos a fazer à volta de 1500 dólares por mês”, afirmou Bragunier.
O feedback tem sido positivo de ambos os lados, com os músicos a conseguirem mais concertos e com os anfitriões locais a pouparem tempo, dinheiro e “as dores de cabeça que toda a operação de agendamento de concertos de música ao vivo traz”.
O norte-americano explica que a Jyve veio colmatar algumas situações como a desmarcação dos concertos em cima da hora, mas, para minimizar ainda mais esse tipo de situações, o próximo passo da aplicação é ter uma “escala de rating, ao estilo da Uber”.
De momento, estão focados em Charleston, nos EUA, mas já têm músicos registados de cerca de 180 cidades e de 7 países, por isso, assim que voltarem ao trabalho será para continuar a desenvolver a funcionalidade da geolocalização.
A expansão para outros países também está na calha para os criadores da MUB CARGO, revelou Nuno Silva. Com sede em Braga, a startup que ficou em segundo lugar no “Startup Battlefield” da Volkswagen Financial Services Portugal e recebeu, em março deste ano, um financiamento de 300 mil euros, opera em toda a Europa, no Canadá e nos EUA.
Para o próximo mês os planos são outros: “atacar o mercado espanhol, com uma equipa lá sedeada”, revelou-nos o developer.
O Web Summit terminou esta quinta-feira, dia 9 de novembro, e o TEK acompanhou os momentos mais importantes, nomeadamente em imagens. Veja a edição de 2017 do evento "por dentro".
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