A Agência Nacional de Inovação encomendou um estudo ao ISCTE relativo às Compras Públicas de Inovação (CPI), revelando que o valor em Portugal se situa entre os 635 milhões e os 1,3 mil milhões de euros, sendo considerado um dos países da Europa com maior margem de progresso em políticas públicas favoráveis.

O estudo, intitulado “Mercado da contratação pública em Portugal”, focou-se no potencial de mercado da contratação pública de inovação no país. Estima-se que até 2030, Portugal possa triplicar a sua capacidade nesta área. Atualmente, o valor encontra-se abaixo das economias com o mesmo nível de desenvolvimento, mas tem o potencial para crescer entre os 1,9 a 3,8 mil milhões de euros, ao nível dos países mais ricos, tais como o Reino Unido, França e Países Baixos.

É referido que aumentar o nível de contratação pública de inovação no país iria permitir uma mais rápida modernização do sector público, assim como um aumento de competitividade das empresas. O lançamento de um processo de Compra Pública de Inovação permitiria também obter tecnologia inovadora para as empresas participantes, o lançamento de novos produtos.

Uma das fragilidades do país apontadas no estudo dizem respeito à carência de uma abordagem estruturada para a capacitação em CPI em todo o país.

“A implementação de um Centro de Competências em Compras Públicas de Inovação Português visa disponibilizar serviços que facilitarão a expansão do conhecimento sobre CPI em todas as entidades adjudicantes públicas e atuar no sentido da melhoria de condições de mercado para aproximar a oferta e a procura”, é referido no comunicado.

Ainda sobre o lançamento do Centro, Jorge Delgado, Secretário de Estado das Infraestruturas, disse que este é um instrumento prático essencial para a capacitação das entidades públicas, não apenas como compradores, mas enquanto fornecedores de inovação. “. Estamos confiantes que o trabalho deste Centro de Competências em CPI terá um impacto relevante no mercado das compras públicas em Portugal, dotando-o de soluções mais inovadoras, mais adequadas e, esperemos, mais eficientes.”