
Num relatório divulgado na terça-feira, a Comissão de Interferência Estrangeira através das Redes Sociais também recomendou que os gigantes do setor, como a Meta (dona do Facebook e Instagram) e a X (antigo Twitter), devem tornar-se mais transparentes ou enfrentar multas.
O presidente da comissão do Senado australiano, James Paterson, disse hoje que as recomendações do relatório tornariam a Austrália um alvo mais difícil para os sérios riscos de interferência estrangeira que o país enfrenta.
O relatório "aborda os problemas colocados por plataformas de redes sociais com sedes [em jurisdições] autoritárias, como TikTok e WeChat, e plataformas de redes sociais com sede no Ocidente que estão a servir de armas para as ações de governos autoritários, incluindo Facebook, YouTube e Twitter" (agora X), disse Paterson aos jornalistas.
A comissão foi estabelecida em 2022 para examinar os usos das redes sociais que prejudicam a democracia e os valores da Austrália, incluindo a disseminação de notícias falsas e desinformação.
A comissão concluiu que a China e outros regimes autoritários continuam a representar um risco elevado para as democracias, através de campanhas de desinformação que utilizam redes sociais para distorcer o debate público e minar a confiança nas instituições.
O relatório refere que a comissão está particularmente preocupada com o TikTok e o WeChat, a rede social mais popular na China, que é também muito utilizada entre a diáspora chinesa na Austrália.
Em abril, a Austrália proibiu membros do Governo de utilizar o TikTok nos dispositivos de trabalho, juntando-se a uma série de países ocidentais que tomaram decisões semelhantes por razões de segurança.
A Austrália foi o último país da chamada aliança "Five Eyes" a proibir o TikTok no Governo, depois dos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Nova Zelândia. Medidas semelhantes foram tomadas em França, nos Países Baixos e na Comissão Europeia.
No centro das preocupações está uma lei chinesa de 2017 que exige às empresas locais a entrega de dados pessoais alegadamente relacionados com a segurança, a pedido das autoridades. Inicialmente, o TikTok disse que as proibições estavam "enraizadas na xenofobia", antes de admitir, em dezembro último, ter recolhido dados pessoais para espionagem de jornalistas.
A popularidade da aplicação de partilha de vídeos explodiu nos últimos anos, particularmente entre os jovens. Muitos departamentos do Governo australiano tinham anteriormente procurado expandir a presença na aplicação, para alcançar uma audiência mais jovem. A Tiktok é propriedade do grupo chinês ByteDance, que tem uma aplicação semelhante, mas separada para a China.
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