Dean Skurka, CEO da WonderFi, foi raptado durante esta quarta-feira, sendo logo de seguida libertado após o pagamento de 1 milhão de dólares. A empresa canadiana de criptomoedas faz transações nas plataformas, afirmando que supervisiona mais de 1,35 mil milhões de dólares em criptoativos. Segundo avança a CBC, a polícia foi chamada sobre o rapto na área da baixa de Toronto. Os suspeitos forçaram a vítima a entrar num veículo e fizeram o pedido do dinheiro.

O homem foi depois encontrado no Centennial Park em Etobicoke, sem qualquer ferimento. A vítima terá sido libertada depois de pagar o valor pedido de forma eletrónica. Numa nota posterior, Dean Skurka disse que a segurança de todos os empregados da WonderFi é uma prioridade. Afirmando ainda que todos os dados dos clientes e respetivos fundos estão seguros, não tendo a empresa sido impactada pelo incidente.

Um especialista em cibersegurança consultado pela CBC, que tem como principal foco proteger utilizadores de criptomoedas e que tem investigado há mais de uma década crimes específicos de roubo de criptomoedas, aponta este rapto como a sua 171ª vez que assiste roubos físicos no roubo destes ativos.

Dean Skurka, CEO da WonderFi
Dean Skurka, CEO da WonderFi Dean Skurka, CEO da WonderFi. Créditos: LinkedIn/CBC

Muitos destes crimes surgem quando há uma alteração no valor das bitcoins. Quando o preço sobe, mais noticiada é pelos meios, chamando a atenção dos criminosos que arriscam planos de roubo. Esta quarta-feira, o rapto aconteceu no mesmo dia que a Bitcoin atingiu o seu valor máximo de 75 mil dólares, no rescaldo da reeleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos. E também no dia que a WonderFi reportou as receitas do terceiro trimestre, revelando um crescimento de 153%.

É ainda referido que a natureza das criptomoedas torna mais apelativo os roubos físicos, neste caso através de rapto, do que roubar um banco. Isso deve-se ao facto das criptomoedas serem muito fáceis de transportar e de tomar posse de uma pessoa quando comparado a um assalto a um banco ou veículo blindado de valores. Deve-se também ao facto destes novos “magnatas” multimilionários não terem muita segurança pessoal.