A Apple mostrou uma versão do seu headset de realidade virtual e aumentada ao conselho de administração, o que significa que o desenvolvimento do aparelho estará já numa fase adiantada. A notícia é dada pela Bloomberg que cita fontes não identificadas, mas "próximas do assunto".
A gigante tecnológica também terá acelerado o desenvolvimento de um sistema operativo para o headset, segundo as mesmas fontes. Tal indica que talvez não tenhamos de esperar muito mais tempo para conhecer este aparelho: a agência noticiosa indica que a Apple tem planos para apresentar o hardware no final deste ano ou no início do próximo, com o aparelho a chegar às lojas em 2023.
A estreia deste headset vai levar a empresa para um novo sector de produtos, sendo esta a primeira expansão do género desde 2015, aquando do lançamento do Apple Watch. O projeto será a próxima grande aposta da tecnológica, visando diversificar o seu negócio de equipamentos que é responsável por 80% de todas as receitas da empresa.
O conselho de administração é composto por oito diretores independentes e pelo CEO, Tim Cook, e reúne-se quatro vezes por ano. Por norma, o órgão é o primeiro a conhecer novos produtos.
O equipamento está a ser criado sob o nome de código N301 desde 2015. Atualmente, existem cerca de 2.000 trabalhadores alocados a este projeto. O grupo é liderado por engenheiros de software e hardware que estiveram envolvidos no desenvolvimento de iPhones, iPads e Macs, ex-colaboradores da NASA e de outras empresas líder do sector do gaming, do áudio e das placas gráficas.
O projeto enfrentou vários obstáculos técnicos que acabaram por atrasar o seu lançamento. E o desenvolvimento de versões em realidade aumentada das suas apps, bem como novas que serão essenciais para agilizar tarefas específicas dos ambientes virtuais - como o streaming imersivo - também terão adensado o calendário de trabalhos. Note que a data de lançamento inicial era 2019.
A Apple prepara-se para enfrentar a concorrência de outras gigantes, como a Meta, a Sony, a Microsoft e a Google que também está a trabalhar num aparelho semelhante.
Importa referir que não há qualquer confirmação oficial por parte da marca da maçã, mas a Bloomberg adianta que o headset deverá vender-se por 2.000 dólares. A empresa estima vender uma unidade por dia em cada uma das suas lojas físicas.
O mercado dos headsets de realidade virtual e aumentada cresceu 92% no último ano, segundo a IDC. Atualmente, existem cerca de 11 milhões de unidades ativas. O Quest 2, da Meta, é o modelo dominante, com 78% das vendas neste mercado em 2021. A entrada da Apple neste segmento promete abanar o mercado, dado o poder da marca, o ecossistema de produtos e a máquina de marketing que a empresa tem à sua disposição.
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