A Adobe anunciou esta semana que chegou a um acordo definitivo para adquirir a Workfront, uma empresa de software com sede no estado de Utah, Estados Unidos. O negócio de 1,5 mil milhões de dólares deve fechar no primeiro trimestre de 2021 e o objetivo é ajudar na transformação digital do negócio.

Para perceber melhor a estratégia da Adobe, vale a pena conhecer a Workfront. Fundada em 2001, a empresa norte-americana desenvolve software para ajudar os clientes a organizarem projetos, rastrear processos e automatizar tarefas comuns.

Em entrevista ao Business Insider (BI), o CEO da Workfront Alex Shootman garante que mais de 75% dos clientes da empresa são profissionais de marketing. Isto numa altura em que o setor está a assistir a "uma tremenda transformação" ao nível da modernização e digitalização, explica.

Foi precisamente essa dinâmica que agradou à Adobe, já que vai aumentar o negócio de experience cloud. Este foca-se na digitalização das experiências do cliente em marketing, como explicou ao BI Amit Ahuja, vice-presidente de desenvolvimento de ecossistema da Adobe.

"É tudo sobre essa noção de transformação digital", garantiu Amit Ahuja. "É tudo uma questão de como ajudamos os nossos clientes a criar fundamentalmente a melhor experiência para os seus clientes", acrescenta.

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Uma das grandes preocupações da multinacional americana que desenvolve programas de computador, como o Premiere ou Photoshop, é personalizar os conteúdos para cada cliente. E esta aquisição vai ajudar nesse sentido, numa altura em que as duas empresas já trabalham em conjunto.

O negócio experience cloud da Adobe é uma das três principais linhas de produtos da empresa, além da creative cloud, que inclui o Photoshop, e document cloud, da qual faz parte o software Acrobat. Na prática, o experience cloud oferece aos profissionais de marketing ferramentas para gerirem o alcance digital dos clientes e recursos de e-commerce. A Workfront vai ligar outras empresas da Adobe à sua experience cloud e permitir que os utilizadores rastreiem os trabalhos nos seus produtos.

E qual o desafio agora? “É preciso pensar fundamentalmente sobre o conjunto certo de dados e de conteúdos e colocá-los juntos para garantir a experiência certa", garante Ahuja. Mas, de qualquer forma, o representante mostra-se confiante, considerando que "a Workfront é uma peça crítica” neste aspeto.