Ainda no ano passado, o TikTok contava com 175 milhões de utilizadores mensais na Europa. Já a nível mundial, o número de pessoas que utilizam a plataforma todos os meses ultrapassa mil milhões, avança a empresa, citada pela Reuters.

A plataforma, que tem como dona a chinesa ByteDance, tem vindo a enfrentar vários desafios a nível internacional, em particular, nos Estados Unidos. Ainda em agosto, Donald Trump admitiu a possibilidade de prolongar novamente o prazo para encontrar uma solução que permita não cumprir a lei que determinou a proibição do TikTok no país há mais de meio ano.

Na altura, o presidente dos Estados Unidos voltou a garantir que os interessados estão prontos para avançar com uma proposta, embora sem referir nomes. Até agora sabe-se que são compradores norte-americanos, tendo em conta que o objetivo é precisamente assegurar que a gestão da plataforma fique sob controlo do país.

Donald Trump já tinha dito que não faltavam interessados na compra do Tik Tok. Quando tomou posse e cancelou a aplicação da lei, já em vigor, disse que muito provavelmente o prazo de 75 dias definido para a suspensão nem seria necessário para encontrar uma solução.

No entanto, os 75 dias não chegaram e o prazo tem sido prolongado, agora até 17 de setembro, agora para definir os termos do acordo e da venda, num negócio que é complexo e que se espera venha a ter um modelo pouco habitual.

Do outro lado do Atlântico, em maio, o TikTok tem estado sob escrutínio na Europa pela forma como lida com as informações pessoais dos utilizadores, representando um risco de segurança com os dados enviados para a China.

TikTok multado em 530 milhões de euros na Irlanda por violar regras europeias de privacidade
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Em maio, a plataforma foi multada em 530 milhões de euros na Irlanda por violar as regras europeias de privacidade.

A Comissão de Proteção de Dados da Irlanda sancionou a empresa por não ter sido transparente com os utilizadores sobre o destino dos seus dados pessoais, ordenando que cumprisse as regras da União Europeia num prazo de seis meses.

Recorde-se que, em 2023, a mesma entidade já tinha multado a empresa em centenas de milhões de euros, depois de uma investigação sobre a privacidade das crianças na plataforma.