Segundo uma mensagem partilhada por André Ventura com a agência Lusa, a rede social transmitiu ao líder do Chega que a sua conta “foi suspensa e não será restabelecida porque viola os termos de serviço do Twitter, especificamente as regras do Twitter contra conduta de propagação de ódio”.
“É contra as nossas regras promover violência, ou atacar diretamente, ou ameaçar outras pessoas com base na sua raça, etnia, origem nacional, orientação sexual, género, identidade de género, religião, idade, deficiência ou doença”, lê-se na mensagem em questão.
O Twitter frisou ainda que, “se determinar que o principal propósito de uma conta é lesar outrem com base numa destas categorias, essa conta pode ser suspensa sem aviso prévio”.
Sem que a mensagem em questão especifique qual foi o conteúdo que levou à suspensão da conta, André Ventura indicou que foi “evidentemente” uma publicação que partilhou com uma imagem do atentado perpetrado em Paris em 07 de janeiro de 2015 - onde foi morto um polícia e 11 jornalistas do jornal satírico Charlie Hebdo - e a mensagem “só o Chega percebe os riscos da imigração islâmica descontrolada”.
Quando se tenta aceder atualmente à conta de André Ventura no Twitter, surge a mensagem “Conta suspensa: o Twitter suspende as contas que violam as Regras do Twitter”.
Numa mensagem enviada à Lusa, Ventura considerou que a suspensão é o “grau zero da democracia” e interrogou-se se “não se pode falar dos perigos da imigração islâmica, ou de ciganos a atacar o hospital de Famalicão?”. “Vou provavelmente agir na justiça”, afirmou.
Ainda em setembro do ano passado, o Twitter suspendeu temporariamente a conta de André Ventura. O bloqueio aconteceu depois de André Ventura ter publicado vários posts relacionados com os resultados das eleições autárquicas que aconteceram a 26 de setembro. Também em maio desse ano o Twitter bloqueou a conta do líder do Chega de forma temporária, depois de ter escrito que tinha vontade de que o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, fosse decapitado.
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