O movimento tech4COVID19 continua a incentivar a comunidade tecnológica a criar soluções para combater o COVID-19. Há mais de 30 projetos em produção e mais de 4.700 voluntários envolvidos em contrarrelógio contra a pandemia do novo coronavírus. A iniciativa lançou a plataforma Covidografia, que permite fazer um rastreamento anónimo das redes de contágio em Portugal.
Segundo é explicado, esta plataforma de autoavaliação sintomática constrói uma fotografia, anónima e confidencial, dos sintomas e respetiva evolução do COVID-19 na população portuguesa. Através do rastreamento anónimo das redes de contágio em Portugal, “esta plataforma tem o potencial de contribuir para uma saída mais eficaz da quarentena generalizada, e uma aceleração da retoma socioeconómica”, é referido no comunicado.
Embora a ideia não seja nova, o movimento pretende que este tipo de informações sejam utilizadas pelas autoridades de saúde, no sentido de ajudar a planear os recursos e tomar ações. Pretende ainda apoiar a comunidade médica e científica a compreender melhor a evolução do vírus.
O movimento dá o exemplo de um estudo realizado no Reino Unido, com inquéritos diários a 1,5 milhões de cidadãos, que foram recolhidos através de uma aplicação de autoavaliação sintomática, o COVID Symptom Tracker. Neste estudo concluiu-se que de todas as pessoas que foram testadas, 59% dos que testaram positivo auto-reportaram a perda de olfato e, ou, paladar, contra 18% que testaram negativo. Esse teste revelou-se mais assertivo a prever a infeção do que a febre, e nesse sentido, os investigadores obtiveram uma lista adicional de 50 mil pessoas com maior probabilidade de terem sido infetadas.
Em termos práticos, acedendo ao website da Covidografia, os utilizadores podem registar diariamente os seus sintomas e visualizar, de forma agregada e em tempo real, o número de pessoas com ou sem sintomas, sejam eles casos suspeitos ou recuperados, infetados, em isolamento, dentro da sua área geográfica. As informações são listadas respeitando a privacidade e anonimato dos respetivos utilizadores.
A plataforma encontra-se em beta há uma semana, mas já conta com mais de 50 mil portugueses inscritos, um número que a organização refere como interessante e explicado pela sua facilidade de utilização. Segundo Rui Costa, um dos voluntários envolvidos no projeto, “nesta fase inicial, o mais importante é a adesão em massa dos portugueses para que realmente este projeto possa ajudar a reduzir o impacto deste flagelo na sociedade portuguesa”. E dá o exemplo de que as aplicações móveis permitiram, noutros países, abandonar a quarentena geral de forma mais eficaz e acelerar a retoma social e económica.
O registo suporta a autenticação das contas da Google e Facebook, mas futuramente serão introduzidos outros formatos. A utilização das redes sociais não compromete a privacidade dos dados dos utilizadores, segundo o RGPD.
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