Depois de ter avançado com o programa de testes beta públicos nos Estados Unidos em novembro do ano passado, a Starlink recebeu a aprovação da Ofcom, o regulador britânico das comunicações, para operar no Reino Unido.

Ao Telegraph, um porta-voz da Ofcom confirmou que a empresa liderada por Elon Musk recebeu a “luz verde” da entidade para instalar os seus terminais no país no final de 2020. A empresa, que se oficializou no Reino Unido como Starlink Internet Services, lançou também um programa de testes limitados em zonas rurais.

Ao obter a licença para operar no Reino Unido, a Starlink vai competir diretamente contra as operadoras britânicas com serviços de Internet terrestes, como a BT, empresas como a OneWeb, que foi “resgatada” recentemente pelo governo após ter entrado na bancarrota, e ainda com o Bharti Global, o conglomerado indiano de telecomunicações que opera no país.

Vários utilizadores britânicos já começaram a receber emails da empresa liderada por Elon Musk com convites para a participação no programa de acesso antecipado. Alguns dos participantes que se inscreveram no "Better Than Nothing Beta", que conta com preço de 439 libras mais uma mensalidade de 84 libras, já receberam também os kits que incluem um terminal e um router.

Em declarações ao website Business Insider, Philip Hall, um dos participantes que já recebeu o kit da Starlink e que antes recorria aos serviços da BT, revelou que a velocidade de download da Internet passou dos 0,5 Mbps para os 85 Mbps, detalhando também a facilidade de montagem dos equipamentos.

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Recorde-se que, nos emails enviados aos participantes norte-americanos do programa de testes beta, a Starlink indicou que deviam esperar velocidades entre os 50 e os 150 Mbps e uma latência entre 20 a 40 ms durante os próximos meses. A empresa explicou, no entanto, que havia a possibilidade de existirem alguns períodos sem qualquer tipo de ligação à medida que eram feitas alterações para melhorar os sistemas.