Na primeira metade do ano os portugueses investiram quase 4 mil milhões de euros em jogos online. A maior fatia deste bolo vai para os jogos de fortuna e azar, que angariaram 3,26 mil milhões de euros em apostas, mas é nas apostas desportivas que o crescimento dos últimos meses tem sido mais expressivo. Nestas apostas foram gastos entre janeiro e junho 728,7 milhões de euros.
Os dados constam dos relatórios do Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos e mostram que, no mesmo período, as empresas que prestam estes serviços em Portugal alcançaram receitas brutas superiores a 253 milhões de euros, num crescimento muito expressivo, quando comparado com os resultados alcançados no ano anterior.
No segundo trimestre deste ano, por exemplo, os jogos online renderam 125 milhões de euros, um valor 81,9% superior ao registado entre abril e junho do ano passado, quando a faturação desta atividade não foi além dos 68,7 milhões de euros - o volume de apostas também aumentou em 214,2 milhões de euros neste período.
No final de junho, jogavam online 653,2 mil pessoas (número de jogadores que fez pelo menos uma aposta neste período de tempo), das quais quase 152 mil se registaram para isso desde abril. Entre janeiro e março a evolução no número de jogadores online tinha sido ainda mais expressiva, com 329,4 mil novos jogadores registados.
Mais de metade das receitas geradas com jogos online em Portugal resultam de apostas desportivas, onde no último ano se registou o maior crescimento neste tipo de atividade, com o futebol a liderar preferências. Quase 78% das apostas desportivas feitas no país referem-se ao futebol. Ténis e basquetebol seguem-se em termos de popularidade, somando 18% das apostas realizadas entre abril e junho.
No mesmo período, as casas de apostas desportivas online faturaram 67,5 milhões de euros, mais 46,7 milhões de euros que no segundo trimestre de 2020. Os jogos de fortuna e azar renderam 57,5 milhões de euros entre abril e junho. Estendendo as contas a toda a primeira metade do ano, as apostas desportivas online renderam 137 milhões de euros e os jogos de fortuna e azar 116 milhões.
No final de junho estavam registadas para operar em Portugal 15 entidades, detentoras de 26 licenças para exploração de apostas desportivas à cota e de 15 licenças para jogos de fortuna e azar online. Na mesma data estavam em situação de autoexclusão da prática de jogos online 93,6 mil pessoas, mais 7,5 mil jogados que no final do trimestre anterior.
O jogo, online a offline, e a regulação associada tem sido um tema em debate, já que os números mostram que cada vez mais portugueses jogam e que os valores apostados também estão a aumentar.
Esta quinta-feira vão ser discutidas na Assembleia da República várias propostas relacionadas com o jogo, apresentadas pelo PAN, BE e pela deputada não inscrita Cristina Rodrigues. Pedem a limitação dos horários e locais de publicidade a jogos, que a publicidade às Raspadinhas seja completamente banida (BE), ou que toda e qualquer publicidade ao jogo passe a incluir uma mensagem informativa sobre os riscos associados. A proposta do PAN defende ainda a aprovação de um plano nacional de combate à dependência do jogo.
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