As tracking cookies são uma ferramenta que ajuda as organizações a conhecer melhor os seus utilizadores, ajustando a página às suas necessidades. Como refere a Iniciativa Cidadãos, esta tecnologia não é necessariamente má, uma vez que podem otimizar a performance e personalizar o acesso dos utilizadores. O problema é que se a sua utilização for abusada pelas organizações, estas podem tornar-se uma violação à privacidade, no caso de não ser feito um consentimento explícito, dentro das regras do RGPD.
Um exemplo é quando pesquisa por algo na internet e durante os próximos tempos vai tropeçar em banners de publicidade ou sugestões na pesquisa desses mesmos produtos, causando uma sensação de estar a ser seguido. Isso deve-se provavelmente a uma utilização excessiva dos tais cookies.
Uma investigação da CpC sobre as “third-party cookies” refere que as questões que envolvem a privacidade entram num outro patamar, sobretudo se forem de uma rede social como o Facebook, Twitter ou Reddit. A CpC analisou os 50 websites mais populares de Portugal na Similarweb e encontrou uma média de 14,01 tracking cookies, estando em linha com os portais internacionais, dando o exemplo do Lemonde que tem 21.
Na sua investigação encontrou no website da Worten um tracking Cookie direcionado ao TikTok. Isso só acontece depois de se criar e entrar numa conta criada num dos serviços do grupo Sonae, refere. A CpC diz que a Worten sabe exatamente quem somos, além de recolher e enviar para a rede social os hábitos de compras dos utilizadores, as pesquisas feitas nos respetivos sites, a localização (cidade/IP), “e possivelmente de onde viemos e para que site saímos”. Ainda assim, não se trata de um comportamento inédito, uma vez que outros websites utilizam os cookies para fazer isso com outras redes sociais. O que deixa intrigado a Iniciativa Cidadãos é a adição de uma Tracking Cookie aqui.
É ainda referido a diferença entre diferentes web trackers que existem, segundo a Mozilla. Os Cookies são pequenos pedaços de dados guardados pelos websites no próprio browser. Cada website visitado guarda dados no equipamento. Estes podem ser usados para sugerir conteúdos relevantes, ajudar a lembrar os dados de autenticação e evitar fraudes, por exemplo.
Por outro lado, os Super Cookies podem ficar armazenados permanentemente no computador. Se são mais difíceis de detetar e eliminar, pois não podem ser excluídos automaticamente da forma convencional que os Cookies normais. Neste caso, através dos Super Cookies, os websites podem aceder a informações pessoais, comportamentos e preferências dos utilizadores. Podem rastrear o tempo ativo na internet, dados que o CpC afirma ser uma mina de ouro para os anunciantes, que os podem utilizar para criar anúncios personalizados.
As informações da Iniciativa Cidadãos surgem numa altura em que a Google revelou como está a avançar no seu plano para acabar com os cookies no Chrome. As soluções de segmentação baseadas em interesses com sinais mostraram-se “promissoras face aos cookies de terceiros”. Mas a sua solução alternativa, a tecnologia FLoC também não tem evitado as polémicas, levantando preocupações com o seu Privacy Sandbox.
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