Além dos detidos, a operação, com o nome de código Fever, levou a 774 buscas domiciliárias, à apreensão de 6.000 dispositivos eletrónicos e ao confisco de mais de 594 mil ficheiros de imagens e vídeos de abuso sexual de crianças.

Mais de metade dos detidos, ou seja 98 pessoas, foi presa na Polónia, de acordo com a polícia daquele país.

A operação foi realizada com o apoio da Europol (Agência da União Europeia para a Cooperação Policial) e da J-CAT (a unidade de combate a cibercrimes da Europol), além das autoridades de 12 países: Espanha, Grécia, Polónia, Alemanha, Dinamarca, Estónia, Hungria, Irlanda, Letónia, Roménia, Bulgária e Suécia.

"Entre os detidos estão pessoas que produziram fotografias e vídeos que mostram exploração sexual de menores, alojaram fóruns online onde foi partilhado o conteúdo recolhido e incentivaram os menores a terem pensamentos suicidas", referem as polícias europeias, em comunicado.

"Entre os autores destes atos estão também familiares das vítimas e pessoas de confiança", adianta a mesma fonte.Das 166 pessoas detidas, 111 foram colocadas em prisão preventiva, indica ainda a Europol.

Operação internacional desmantela rede de pornografia infantil com quase dois milhões de utilizadores
Operação internacional desmantela rede de pornografia infantil com quase dois milhões de utilizadores
Ver artigo

Em março passado, outra operação internacional da Europol que desmantelou a plataforma de pornografia infantil Kidflix contou com a participação em Portugal da Polícia Judiciária (PJ), que deteve dois suspeitos em flagrante delito, tendo um deles ficado em prisão preventiva.

A investigação, que começou em 2022 e continua aberta, envolveu autoridades de um total de 38 países e levou à identificação de quase 1.400 pessoas, disse a Europol.

O desmantelamento da rede incluiu ainda a intervenção de agências internacionais como o FBI (polícia federal), o Departamento de Segurança Interna e o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos Estados Unidos.