Já sabemos que 160 países e mais de 71 mil participantes estão esta semana no Web Summit, a maior cimeira tecnológica do mundo que decorrer em Lisboa entre 1 e 4 de novembro. Mas cada pessoa tem uma história, uma razão para estar presente no evento, seja a representar a sua empresa ou startup, como à procura de novas oportunidades de negócio. O certo é que da Tailândia ao Brasil, são milhares de quilómetros, horas de voo e um elevado preço a pagar pela viagem, estadia e bilhete para participar no Web Summit.
O Sapo TEK foi à procurou alguns desses protagonistas, não aqueles que estão nos palcos, a participar em conferências ou mesas redondas, mas aqueles que preenchem as cadeiras dos diversos auditórios montados na FIL e Altice Arena. E as histórias são sempre interessantes, quando achamos que a maioria das pessoas têm empresas por trás a financiar, algumas fazem o seu próprio investimento pessoal, não necessariamente para procurar oportunidades de negócio, mas também em busca de inspiração à tecnologia, para alimentar as suas próprias áreas.
Veja na galeria imagens de alguns dos visitantes:
Exemplo disso é a presença de Caroline Mathias, com origem de São Paulo, no Brasil, que pagou a viagem, estadia e o bilhete do Web Summit. Veio procurar tendências, ideias, fazer networking, dizendo que está a adorar a experiência, considerando que já é a segunda vez que visita a cimeira tecnológica, depois da primeira experiência em 2019. Diz que veio encontrar muitos outros brasileiros e outras pessoas, mesmo que seja da área do imobiliário. Embora trabalhe no mercado imobiliário dentro de um banco, neste caso o Santander, veio ver as startups, mas quis olhar todos os segmentos, porque defende que coisas que possam estar a acontecer em outros sectores, pode aproveitar ideias para aquilo que faz.
Kirill Zima é ucraniano, mas vive há vários anos em Amesterdão, na Holanda. Disse ao Sapo TEK que está presente no Web Summit pela primeira vez. Trabalha na Booking.com e veio para assistir às conferências das startups, sobretudo na sua área de design. Mas também veio estabelecer networking com amigos, parceiros e até colegas que estão também no evento, alguns a viver mesmo em Lisboa. Diz que veio à exploração, sem quaisquer expetativas. Destaca que foi a sua empresa que lhe ofereceu o bilhete, uma vez que tem um orçamento para conferências e educação para os seus empregados. Kirill Zima aproveitou que este ano ainda não tinha gasto do seu budget no tema e aproveitou para escolher o Web Summit como destino educativo.
Vindos do Reino Unido, em representação da Robert Walters, Ben Litvinoff e Conor Lloyd, estão no Web Summit pela primeira vez, para se reunirem com contactos que têm, mas também para conhecer o que se está a passar no mundo da tecnologia, assim como as mudanças das TI. Ben Litvinoff ficou impressionado com o tamanho do Web Summit, referindo mesmo que os visitantes devem chegar com um plano concreto de trabalho para encontrar as pessoas, “embora eu não tenha feito esse plano, mas encontrei pessoas incríveis no Night Summit durante umas bebidas”, realçando o poder da cimeira no networking, depois de ter já conhecido umas 40 ou 50 pessoas. E claro, salientou Lisboa como uma cidade lindíssima, a qual já tinha visitado anteriormente. O seu colega Conor Lloyd acrescenta que apesar de ser necessário um plano para cada dia, também é divertido “navegar e ver onde vai parar” nos pavilhões do Web Summit.
Mas não foram só estrangeiros que o SAPO TEK se cruzou, a portuguesa Daniela Miranda, da startup SheCodes, que oferece aulas de programação, veio à Web Summit para ouvir as novas tendências, no seu caso trabalha na área de produto e vem ver as novidades. Diz que como empresa é a primeira vez, mas já esteve em duas edições anteriores como voluntária, tendo ficado o “bichinho” do empreendedorismo.
“Estou a gostar muito, mas é muita coisa a acontecer ao mesmo tempo”, destacando que a aplicação é a bíblia, mesmo sem ter de traçar um plano de 100% da visita. Afirma também que quando planeia as visitas das sessões, aconselha a ler-se bem os resumos, porque muitas vezes os títulos não são bem aquilo de que se trata a palestra, por exemplo. Por fim, para quem nunca tinha visitado, lembra que trazer sapatos confortáveis é chave para diminuir o cansaço ao final do dia. Explica que gosta de ouvir pessoas “gigantes” dentro das indústrias, os seus conselhos, porque considera que muitas vezes isso se faz aqui sem “grandes filtros”, embora considere que as talks sejam “curtinhas”.
O SAPO TEK apanhou em “flagrante” uma ação de networking entre duas senhoras de áreas diferentes, que acabaram por responder às questões em conjunto e até fazer uma pose para a fotografia para ilustrar a peça. Gege Enache chega da Roménia pela primeira vez ao Web Summit, e veio à procura de novas tecnologias, mas também saber sobre as tendências e o que as pessoas pensam sobre blockchain e dados, algo que para si é muito importante para a construção de comunidades. Diz que gosta muito deste tipo de conferências, pela mistura de diferentes empresas, mas também porque consegue feedback fora do seu país.
Já Cezara Matei, embora seja conterrânea da Roménia, chega ao Web Summit como voluntária, procurando aprender mais sobre tecnologia e para conhecer pessoas. Como voluntária faz trabalhos como registo e gestão de pessoas, tendo oportunidade de assistir às conferências.
E da Tailândia, Chidapa Chanthong, está em representação das startups tecnológicas do país e contou ao SAPO TEK que esta já é a sua quinta edição do Web Summit que participa. Diz-se muito feliz em ver tudo de volta aos eixos depois de dois anos de paragem forçada devido à pandemia. Todos os anos procura as novas tendências tecnológicas, novas startups ou a direção que tende o investimento global.
Apesar da Rússia ter sido banida pelo Web Summit, que se juntou ao boicote do mundo tecnológico em desaprovação da invasão à Ucrânia, o SAPO TEK encontrou um visitante russo, que na verdade vive em Portugal há mais de um ano, bem antes do início da guerra. Está no Web Summit à procura de novas startups com que possa colaborar, estando a trabalhar na sua própria empresa de desenvolvimento de software. Alexander Ospischev deixou ainda algumas palavras de lamento pela guerra, dizendo que se trata de algo terrível ver o que as famílias estão a sofrer. O próprio diz que sofre todos os dias por ver o seu país envolvido numa guerra. Sobre o Web Summit diz ter pena de não conseguir estar em todos os lados ao mesmo tempo, pois há muito conteúdo para assistir.
Muitas histórias ficaram para contar, todos os visitantes com um objetivo, encontros e oportunidades de negócio. Mas um dado comum a todos é a satisfação de fazerem parte deste evento e a promessa do regresso em futuras edições.
O SAPO TEK está a acompanhar toda a edição do Web Summit em direto até dia 4 de novembro. Siga todas as notícias aqui, acompanhando também a transmissão em direto no palco principal.
Veja ainda algumas das principais imagens que a equipa do SAPO TEK vai recolhendo por dentro do Web Summit
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