Seguindo os passos da Rússia, do Dubai e da Venezuela, o banco central de Israel está a considerar a possibilidade de emitir a sua própria criptomoeda.
O objetivo, segundo a Haaretz, é o de reduzir a quantidade de notas e moedas na economia, ter um sistema de pagamentos mais rápido e combater a economia paralela que, de acordo com fontes próximas do ministério das Finanças, representa cerca de 22% do PIB total de Israel.
Embora a decisão ainda não esteja tomada, o governo israelita prepara-se para legislar sobre o tema, através do “Economic Arrangements Bill”, e quer colocá-lo, já em 2019, no orçamento de Israel.
Ao contrário das criptomoedas que existem atualmente, a moeda digital israelita seria centralizada, segura e cumpriria as regras estabelecidas contra o branqueamento de capitais. Desta forma, pretende também evitar-se as oscilações de valorização que têm caracterizado, por exemplo, a bitcoin nestes últimas dias.
E, por ninguém saber o que está por trás do preço da bitcoin, o regulador israelita dos mercados financeiros também anunciou que quer proibir a cotação na bolsa de valores de Telavive das empresas cujo negócio se centrem em moedas virtuais.
Schmuel Hauser, presidente executivo daquela entidade, considerou que o “público está desprotegido” face às consecutivas subidas e descidas daquilo que considera ser “uma bolha”.
“Não queremos os investidores sujeitos a este tipo de volatilidade e incerteza”, disse.
Também, em setembro, as autoridades chinesas ordenaram que os serviços de transação de divisas digitais (que operam de forma semelhante às bolsas de ações) encerrassem as operações no país e avisassem os utilizadores.
Por sua vez, o Japão optou por legalizar as plataformas de transações, de forma a proteger os investidores de fraude e apoiar a inovação tecnológica.
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