A Google vai tomar medidas mais rígidas contra quem nega a existência de alterações climáticas. A gigante de Mountain View vai passar impedir a monetização de todo o conteúdo que contradiga investigações feitas pela comunidade científica acerca da temática, aplicando uma estratégia que inclui mudanças na publicidade e no YouTube.
No que toca ao YouTube, a Google indica que os criadores de conteúdo que fazem parte do YouTube Partner Program não poderão ganhar dinheiro com qualquer tipo de conteúdo que negue o consenso científico em torno da existência e causas das alterações climáticas. Assim, todos os vídeos que se enquadrem nesta categoria não poderão ter anúncios nem ser monetizados.
Já no que respeita à publicidade, as novas regras aplicam-se aos anunciantes e parceiros de publicidade da Google, que são impedidos agora de publicarem anúncios que promovam desinformação acerca das alterações climáticas em páginas web e vídeos.
A Google explica que planeia implementar as novas regras a partir do próximo mês, recorrendo a uma combinação de algoritmos e de moderação feita por colaboradores humanos para identificar conteúdo que viola as suas políticas.
Recorde-se que, ainda no final de setembro, o YouTube passou a tomar medidas mais "apertadas" contra a desinformação em relação a todos os tipos de vacinas, proibindo este tipo de conteúdo na sua plataforma, depois de remover mais de 130.000 vídeos por violarem as suas políticas acerca de vacinas contra a COVID-19 desde outubro de 2020.
As vacinas "têm sido uma fonte de debates ferozes ao longo dos anos, apesar da orientação consistente das autoridades de saúde sobre a sua eficácia", por isso hoje "estamos a expandir as nossas políticas de desinformação médica no YouTube com novas diretrizes sobre as vacinas atualmente administradas que são aprovadas e confirmadas como seguras e eficazes pelas autoridades de saúde locais e pela OMS [Organização Mundial de Saúde]", revelou Neal Mohan, Chief Product Officer, responsável pela área de produto do YouTube.
"O conteúdo que alegue de forma falsa que as vacinas aprovadas são perigosas e que causam efeitos crónicos na saúde", que "alegue que as vacinas não reduzem a transmissão ou a contração da doença ou que contenha informações incorretas sobre as substâncias contidas nas vacinas, será removido", explicou o responsável.
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