Ao longo dos últimos anos, o Facebook tem enfrentado pressão para combater a disseminação de desinformação na plataforma e, recentemente, a empresa de Mark Zuckerberg voltou a estar sob o escrutínio do público depois de se recusar a remover anúncios políticos que continham informação falsa. Em rota para as eleições presidenciais norte-americanas de 2020, a rede social anunciou um reforço nas suas medidas contra as fake news através de um programa piloto de verificação de informação comunitária.
De acordo com uma publicação no blog oficial da empresa, a iniciativa quer ajudar os parceiros oficiais de fact checking do Facebook a identificar e sinalizar conteúdo falso mais depressa. A rede social tem em vista a criação de uma plataforma comunitária que verificará se uma determinada informação pode ou não ser comprovada.
Os membros da comunidade trabalharão com publicações potencialmente falsas que foram detetadas pelo sistema de inteligência artificial do Facebook, sendo que terão depois de encontrar fontes que apoiem ou neguem a informação em questão. As suas conclusões serão depois partilhadas com os parceiros oficiais de fact checking da empresa, de forma a que possa ser tomada uma decisão final.
Segundo o Facebook, o programa piloto será composto por colaboradores que não são funcionários da empresa. A equipa que fará parte do projeto será contratada através da Appen, uma das organizações parceiras da rede social. Para garantir que a comunidade de colaboradores representa a diversidade de pontos de vista existente no Facebook, a gigante tecnológica recrutou a ajuda da YouGov. A organização especializada em análise de dados levou a cabo um estudo independente para determinar quais os critérios que os candidatos escolhidos pela Appen deviam preencher.
Para já, o Facebook afirma que vai lançar o programa piloto apenas nos Estados Unidos, embora não indique quantos membros farão parte da comunidade de colaboradores, quanto tempo estará em vigor, ou se a empresa tem intenções de o expandir para outros territórios.
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