Até ao fim de 2025, os exames nacionais vão passar a ser feitos em formato digital. A medida, que está incluída no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), prevê um investimento de 12 milhões de euros na desmaterialização da avaliação.
O Jornal de Notícias avança que o processo será implementado de forma gradual ao longo dos próximos anos, aumentando o número de provas abrangidas pela medida. O objetivo é “adotar processos desmaterializados de elaboração, distribuição, aplicação, realização e classificação das provas de avaliação interna e externa no âmbito da atividade do Instituto de Avaliação Educativa".
Já em entrevista à TSF, Filinto Lima, presidente Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, afirmou que a medida é “exequível” dentro dos próximos quatro anos. Porém, relembrando que "tem de se começar a fazer a casa pelos alicerces”, o responsável indicou que a prioridade deverá ser o acesso a computadores, uma vez que os equipamentos presentes em grande parte das escolas são “obsoletos”.
Ao todo, o PRR, que foi entregue por Portugal à Comissão Europeia em abril, prevê um investimento de 559 milhões na melhoria das infraestruturas e equipamentos nas escolhas e na promoção da literacia digital, com a meta de formar 800.000 pessoas em competências digitais com planos de formação individual online.
Prevê-se que sejam distribuídos mais 600 mil computadores até ao final deste ano, depois de já terem sido entregues 450 mil. Do orçamento, 110 milhões serão usados para dotar as escolas públicas de cobertura de redes WiFi e cinco milhões para a instalação de fibra ótica, permitindo a expansão das ligações da Rede Alargada da Educação de 40 para 300 Gbps.
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