Arne Wilberg, um homem branco de 40 anos, trabalhou na Google, proprietária do YouTube, durante nove anos, quatro dos quais como recrutador na plataforma de vídeos. Agora, o ex-funcionário está a processar a gigante tecnológica por esta, alegadamente, se recusar a contratar homens brancos e asiáticos para posições técnicas.
O ex-colaborador afirma que, no ano passado, os recrutadores do YouTube foram instruídos a cancelar as entrevistas com candidatos que não fossem do sexo feminino, de origem africana ou hispânica e a "purgar completamente" os currículos de pessoas que não se enquadrassem nessas categorias. Wilberg também acusa a empresa de ter definido quotas para a contratação de minorias, a partir de 2016.
O ex-recrutador alega ainda que foi despedido por se ter queixado a vários superiores das regras de contratação, noticia o The Wall Street Journal. A Google respondeu, garantindo tem uma política clara de contratar candidatos com base no mérito e não na sua identidade.
"Ao mesmo tempo, tentamos assumidamente encontrar um grupo diversificado de candidatos qualificados para as posições abertas, uma vez que isto nos ajuda a contratar as melhores pessoas, a melhorar a nossa cultura e a construir produtos melhores”, afirmou uma porta-voz da empresa àquela publicação.
Este processo vem juntar-se a outros dois, também movidos por ex-funcionários da tecnológica de Mountain View. Em janeiro, James Damore acusava a Google de silenciar opiniões mais conservadoras, alegando ter sido despedido por escrever uma nota interna onde afirmava que a desigualdade de oportunidades na empresa se devia a diferenças “biológicas” entre homens e mulheres.
Em fevereiro, um antigo engenheiro de software que trabalhou na Google entre 2015 e 2017 também apresentou uma queixa no tribunal supremo de São Francisco, a dizer que a empresa o despediu por ter respondido a comentários racistas e sexistas em fóruns internos da empresa.
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