A Estratégia Digital Nacional, que foi apresentada e aprovada em Conselho de Ministros na semana passada, prevê 10 metas e 10 objetivos estratégicos, alinhados em quatro dimensões – Pessoas, Empresas, Estado e Infraestruturas, e um plano de ação a implementar em 2025 e 2026 com 49 medidas concretas. Em entrevista ao SAPO TEK, a ministra Margarida Balseiro Lopes, destacou a importância de uma visão integrada, mas detalhou também algumas das medidas específicas, como o Digital Blueprint, adiantando que esta é uma plataforma para visibilidade dos projetos, mas onde se reflete também a visão de transparência, com dados, indicadores e boas práticas.
“Esta dimensão para mim é crítica e tem a ver com a transparência, a execução e monitorização da estratégia do plano de ação”, explicou em entrevista, adiantando que por isso mesmo começou a conferência de imprensa do Conselho de Ministros a dar conta do trabalho que foi feito na área do digital e modernização nos últimos meses.
A plataforma Digital Blueprint “vai ser o acerto do que temos, do que fizemos e vamos fazer no digital”, justifica, agregando indicadores e divulgando projetos que estão em curso, na Administração Pública mas também nas empresas.
Margarida Balseiro Lopes adianta ainda que “atualmente temos mais de 300 projetos de inteligência artificial na administração pública.
“Temos de dar visibilidade aos projetos de excelência e que estão já a acelerar”, sublinha Margarida Balseiro Lopes, referindo que agora o objetivo é escalar estas iniciativas.
A ministra refere entre os projetos que têm sido destacados a nível internacional a carteira digital e a app do SNS 24. “Temos já voas práticas implementadas em que podemos assumir um papel de liderança e partilhar com outros países. O Digital Blueprint também tem essa vocação”.
Esta semana o Governo vai também apresentar a Bruxelas o roteiro nacional digital, com as empresas, que no final do primeiro trimestre de 2025 deverá resultar na apresentação da Agenda Nacional de Inteligência Artificial, que ainda está em desenvolvimento.
Questionada em relação à Agência Nacional para o Digital, e qual será o caminho escolhido pelo Governo para esta área, Margarida Balseiro Lopes explica que pode ser criada uma nova agência ou o Governo pode apostar num modelo de transformação de uma organização já existente, mas não quis adiantar mais pormenores.
“Estamos no início do processo e fui muito clara a dizer que vamos estudar o modelo no próximo ano”, sublinha. “Precisamos de ter uma agência para o digital até 2030 e vamos em 2025 estudar o melhor modelo e depois em 2026 vamos dar o passo seguinte, ou seja, de preparar a criação dessa agência”.
O Plano de Ação para 2025-26 tem previsto um investimento de mais de 350 milhões de euros para 49 ações distribuídas por 16 iniciativas, contando com financiamento do PRR, Connecting Europe e do Orçamento de Estado. Para os próximos planos de ação, até 2030, "temos de encontrar outras fontes de financiamento que temos de diversificar".
A ministra explica também que o objetivo é tentar rentabilizar outros investimentos que já foram feitos no digital, como acontece com o LLM AMÁLIA.
Veja aqui a lista das metas e iniciativas previstas na Estratégia e no Plano de Ação.
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