À medida que a preocupação com as deepfakes continua a crescer, centrada na sua utilização para a propagação de desinformação ou para a criação de pornografia de vingança, há um novo estudo que alerta para os perigos da tecnologia no que toca à falsificação de imagens captadas por satélite.
O estudo liderado por Bo Zhao, investigador da Universidade de Washington nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Cartography and Geographic Information Science, quer gerar uma consciencialização em torno da temática das “deepfakes geográficas”.
É verdade que a criação de mapas falsos não é de todo uma prática nova, porém, através do recurso a novas tecnologias é possível gerar imagens geográficas de satélite que, embora não correspondam à realidade, são realistas o suficiente para passarem despercebidas pelos olhos dos observadores mais incautos.
De modo a comprovar a sua teoria, a equipa de investigadores recorreu a um algoritmo de inteligência artificial para gerar deepfakes, “alimentando-o” com dados vindos de diversos mapas e imagens de satélite.
As “deepfakes geográficas” poderão ser usadas, por exemplo, para a disseminação de informação falsa acerca de desastres naturais ou como forma de determinados governos argumentarem contra as realidades que se passam no seu país. As imagens apresentam um risco para a segurança nacional, pois podem ser usadas pelos exércitos de países adversários para enganar forças militares em combate.
Os investigadores esperam que o seu estudo ajude a criar as bases necessárias para o desenvolvimento de um sistema que consiga detetar “deepfakes geográficas, da mesma forma que já existem projetos, como os do Facebook ou da Microsoft, que tem como objetivo identificar imagens ou vídeos falsos de humanos.
Recorde-se que em março, o FBI alertou para os perigos das deepfakes, indicando que a tecnologia poderá ser usada intensivamente por atores maliciosos numa série de ataques sofisticados e operações de influência durante os próximos 12-18 meses. A entidade do Departamento de Justiça dos Estados Unidos antecipa também a sua utilização em esquemas de spearphishing e ataques baseados em engenharia social.
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