Criadora de Pokémon Go tem uma nova plataforma de construção de apps para o “metaverso da vida real”

A Meta, anteriormente conhecida como Facebook, não é a única a querer construir um metaverso. A Niantic também tem o seu próprio conceito e quer dar a todos os developers a possibilidade de criarem as suas próprias aplicações de realidade aumentada para aquilo a que chama o “metaverso da vida real”.

A empresa revela que as mesmas ferramentas que usou para desenvolver jogos como Pokémon Go e, mais recentemente, Pikmin Bloom estão agora disponíveis para todos os programadores interessados.

O Niantic Lightship Augmented Reality Developer Kit, ou ARDK, faz parte da plataforma Lightship, permitindo criar projetos que “correm consistentemente em milhares de milhões de dispositivos Android e iOS um pouco por todo o mundo”, afirma a empresa.

O ARDK junta as ferramentas e tecnologias necessárias para assegurar que os projetos desenvolvidos preenchem três requisitos específicos para aplicações de realidade aumentada: mapeamento em tempo real, reconhecimento e partilha. Ao longo do tempo a Niantic planeia disponibilizar ainda mais funcionalidades da plataforma Lighship para os developers.

Em destaque estão, por exemplo, ferramentas que permitem criar mapas 3D detalhados que permitem às aplicações compreender a topografia mundo em seu redor, ou que fazem com que as soluções tecnológicas criadas consigam distinguir entre os diferentes elementos que compõem a realidade à sua volta.

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Mas de que se trata então o “metaverso da vida real”? Ainda em agosto deste ano, John Hanke, CEO da empresa, deu a conhecer que ao contrário do conceito que a Meta pretende pôr em prática, mais baseado em mundos virtuais, o da Niantic afirma-se como uma ligação entre o mundo físico e digital, numa experiência vista pelo responsável como menos distópica e com um grande foco na realidade aumentada.

Além de “abrir as portas” do seu software aos programadores, a empresa anuncia também a formação da Niantic Ventures, fundo de investimento inicial de 20 milhões de dólares, destinada a investir em empresas que partilhem a sua visão para o metaverso.