As plataformas de viagens e alojamento Booking.com e o Grupo Expedia melhoraram a apresentação das suas ofertas de alojamento, estando agora alinhadas com a legislação do consumidor na União Europeia. Depois de apostar em novas regras para proteger os europeus no canal online, a garantia é dada pela Comissão Europeia (CE) e surge no seguimento de um processo contínuo do organismo para garantir a proteção dos consumidores.
No final de 2019, o Booking.com comprometeu-se a mudar a maneira como apresentava as ofertas, descontos e preços aos consumidores para que fossem capazes de comparar de forma informada as ofertas, em linha com o regulamento europeu. E agora, para além da plataforma Booking, também o Grupo Expedia se compromete a garantir uma experiência mais transparente.
A Comissão destaca as atualizações das plataformas, como resultado dos acordos. Ambas as empresas estão a exibir de forma mais precisa que ofertas são promovidas e de que forma os pagamentos recebidos pelos proprietários influenciaram as suas classificações na plataforma.
De acordo com a CE, as duas plataformas de viagens estão ainda a disponibilizar informação mais transparente sobre quantas pessoas gostariam de reservar um hotel para as mesmas datas que o utilizador. E quantos quartos ainda estão disponíveis? Esses dados também passaram a estar disponíveis de forma mais clara.
O valor total que o consumidor vai pagar pelo alojamento, incluindo taxas e encargos obrigatórios, são dados agora mais claros no Booking.com e no Grupo Expedia. Mas ainda há mais boas notícias: nas comparações de preços são apresentados apenas “descontos genuínos” e outras informações revelam se os proprietários dos alojamentos são profissionais ou não.
Ao estabelecer contactos com as empresas, a Comissão sublinhou ainda a necessidade de garantirem “um acesso preciso e fácil às práticas de cancelamento como parte da resposta à interrupção das viagens relacionada com a pandemia de COVID-19”.
Comissão apela a outras empresas para defenderem melhor os direitos dos consumidores
Em comunicado, o comissário para a justiça Didier Reynders felicita as duas empresas pela cooperação. E, numa altura em que as restrições a viagens são ainda uma realidade, encoraja “todos os operadores de serviços de viagens online a seguirem este exemplo e a garantirem que os consumidores europeus possam confiar nas suas ofertas e encontram facilmente informações sobre práticas de cancelamento”.
As autoridades nacionais de defesa do consumidor irão agora tomar outras medidas para toda a indústria aplicar os mesmos padrões, com foco em associações comerciais europeias, agências de viagens online e serviços de hóspede em hotéis. A Comissão espera que as empresas sigam os mesmos princípios e compromissos das duas plataformas e também da Airbnb, que em março flexibilizou políticas de cancelamento para compensar clientes prejudicados com a COVID-19, depois de em julho de 2019 já ter melhorado a forma como protege os consumidores.
De recordar que desde o início do ano que estão em vigor na Europa novas regras para proteger os consumidores europeus online. O conjunto das regras chama-se "The New Deal for Consumers", mas os países europeus contam com um prazo de dois anos para aplicarem as regras. Com nove parâmetros essenciais, alguns dos focos passam por transparência nos marketplaces online, mais direitos do consumidor nos serviços digitais gratuitos e maior facilidade nas reivindicações de redução de preço.
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