Na semana passada, um grupo de investigadores da Universidade de Twente, na Holanda, apresentou os resultados de estudo sobre as vulnerabilidades da Bitcoin, numa conferência científica organizada pela NASA. Uma das principais conclusões é que a a moeda digital é mais vulnerável a ataques do que foi assumido inicialmente.
Segundo as regras da Bitcoin, as mudanças de protocolo só podem ser implementadas quando são aceites pela maioria dos utilizadores, ou seja, 51%. De acordo com os investigadores holandeses, se um grupo de utilizadores conseguir controlar 20% do processamento computacional, pode lançar um ataque (Andresen Attack) e em poucos dias forçar todos os restantes a aceitar qualquer nova imposição de protocolos para a criptomoeda. Esta situação foi comparada a uma empresa, em que 20% dos acionistas podem impor o seu ponto de vista à grande maioria dos detentores.
Os investigadores afirmam que havendo um ataque, todas as transições feitas com algumas horas de antecedência podem ser anuladas, com efeitos retroativos, o que levaria a uma quebra de confiança ao seu estado atual.
Atualmente existem grupos divergentes sobre o estado do Bitcoin. Um grupo prefere manter os protocolos atuais, mas outros querem fazer modificações para que se consigam executar mais transações num menor período de tempo. No sistema global vigente apenas se conseguem fazer sete transações por segundo, mas muitos sentem que esta limitação torna a rede demasiado lenta, quando comparada ao número de movimentos produzidos por empresas de cartões de crédito.
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