A origem do fenómeno terá sido uma notícia falsa que referia a existência de 130 mortos na Rússia, mas a disseminação do conceito tem levado a um crescente número de notícias que associam comportamentos de auto-mutilação e suicídio a este alegado jogo, e a pressões que chegam através das plataformas digitais. Em Portugal vários casos foram associados ao jogo Baleia Azul e têm feito manchetes nos jornais, embora nenhum deles seja confirmado como decorrente de pressões do jogo.
As autoridades estão alertas e a PSP já avançou com uma campanha de sensibilização para o problema, mas há mais entidades preocupadas com o tema.
O Centro de Internet Segura está a colaborar com o TeK na identificação mais correta da situação, em conjunto com a informação que recebe da rede europeia InSafe, e de outros contactos com parceiros do Centro em Portugal, e confirma que recebeu um pedido de ajuda na Linha Internet Segura a 13 de abril, que foi feito por um homem, de idade indeterminada. Este referia um grupo de WhatsApp em que se joga ao desafio Baleia Azul e relatou que algumas pessoas que integravam o grupo enviavam imagens de auto-mutilação.
Para além deste caso, que foi encaminhado para a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), a PSP já confirmou ao Centro a existência de duas queixas registadas até ao dia 3 de maio, onde se refere que os casos relatados são consistentes com o fenómeno da Baleia Azul. Nestas queixas as situações estão relacionadas com grupos de WhatsApp, ligados a números de telefone brasileiros, e onde os participantes são pressionados com recurso a violência psicológica para se manterem ligados. A Polícia de Segurança Pública alerta para alguns comportamentos que devem ser vigiados, especialmente inscrições nas palmas das mãos.
O Centro de Internet Segura tem vindo a acompanhar a situação com os parceiros europeus e defende que é necessário os pais e educadores estarem alerta, mas que não se deve criar um clima de medo e de especulação relacionado com o fenómeno.
No início da semana, Sofia Rasgado, coordenadora do Centro Internet Segura lembrava que "o medo que se prende com o conceito dos cultos suicidas adolescentes online não recente", mas alertava para o facto de "o fenómeno da Baleia Azul torna-se mais apelativo e mediático, considerando que ocorre numa rede social que a grande maioria das pessoas, incluindo jovens, utilizam".
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