Um novo estudo revela que as redes sociais e os canais digitais se afirmam como ferramentas críticas para as entidades governamentais partilharem informações e darem resposta às necessidades dos cidadãos e podem ajudar a aumentar a confiança nestas instituições públicas.

O estudo, levado a cabo pela Salesforce, conduzido entre abril de 2021 e junho de 2022 e que conta com dados de Portugal, indica que a confiança nas instituições governamentais está em declínio.

De acordo com os dados, 44% dos inquiridos afirmam que a confiança tem um grande impacto na sua probabilidade de votar. Já 30% indicam que a confiança afeta a sua disposição para partilhar informações de saúde com os seus governos, com 29% a admitirem que os mesmo se aplica no caso de informação pessoal identificável e 28% no que respeita a dados de localização relevantes.

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O relatório detalha que apenas 22% dos eleitores acreditam que a experiência do cliente é uma prioridade dos seus compromissos com o governo e 16% dos eleitores acreditam que o governo utilizou a tecnologia com sucesso para melhorar as experiências dos utilizadores. Por outro lado, há sinais de que a tecnologia pode oferecer às instituições governamentais uma forma de dar resposta aos cidadãos.

25% dos inquiridos que fazem parte da Geração Z utilizam as redes sociais como fonte primária de informação ​​sobre serviços públicos e 54% dos entrevistados afirmam que é mais fácil obter ajuda destas instituições de forma online do que pessoalmente.

Os especialistas da Salesforce afirmam que, como forma de ajudar a reconstruir a confiança, as entidades governamentais devem implementar estratégias e ferramentas digitais, tendo em mente questões como transparência (53%), facilidade de envolvimento (44%) e acessibilidade (44%), vistas pelos entrevistados como os  três atributos mais importantes na reconstrução da confiança nos seus governos nacionais e locais.

Segundo o estudo, as tecnologias emergentes  têm o potencial de revolucionar a forma como os cidadãos se envolvem com o governo e a maioria das pessoas inquiridas está recetiva a essa possibilidade.

Ao todo, 82% dos entrevistados estão abertos à ideia de aceder a serviços governamentais na Internet, com 72% a estarem recetivos ao voto eleitoral online e 60% ao uso de Inteligência Artificial em serviços governamentais.