
Anunciado a 30 de setembro de 2014, o Windows 10 chegou oficialmente ao mercado no ano seguinte, a 29 de julho. Dez anos após o lançamento, esta versão do sistema operativo da Microsoft tem os dias contados, mas o seu impacto ainda se faz sentir.
Ainda antes da sua chegada, a Microsoft enfrentava as consequências da aposta arriscada no Windows 8. Numa tentativa de adaptar o sistema operativo à nova era de dispositivos móveis com ecrãs táteis, mas sem esquecer a experiência desktop, a gigante tecnológica fez uma mudança radical que gerou mais polémica do que o esperado.
As alterações na interface, como o desaparecimento do botão Iniciar, substituído por um ecrã de mosaicos, não agradaram aos utilizadores, mesmo com o lançamento do Windows 8.1 para tentar acalmar as hostilidades.
Apesar dos rumores que circulavam na altura, a Microsoft decidiu “saltar” um número e, com o Windows 10, centrou-se numa aposta concebida não só para responder às exigências do mercado, mas também para corrigir muitos dos erros da versão anterior e reconquistar os utilizadores.
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O objetivo de ter a mesma experiência nos vários equipamentos e plataformas já vinha do Windows 8, mas queria aprofundar-se na nova versão, apresentada como uma plataforma transversal, desenhada para funcionar em todo o ecossistema da tecnológica, dos computadores aos tablets, passando até por smartphones.
Pela primeira vez, a atualização para esta versão do Windows foi disponibilizada gratuitamente para os utilizadores do Windows 7 e 8. A estratégia foi desenhada para impulsionar a adoção e alcançar mil milhões de equipamentos nos três anos após o lançamento. Note-se, no entanto, que essa marca só foi atingida em 2020.
Outra das mudanças decisivas passou pela implementação de um novo modelo de atualizações, com dois grandes updates anuais. A pensar nos mais curiosos, a Microsoft lançou também o Windows Insider Program, dando à comunidade a possibilidade de testar funcionalidades de maneira antecipada e de contribuir para a sua melhoria.
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Entre as novidades destacavam-se também o regresso do menu Iniciar, funcionalidades como desktops virtuais e o suporte ao multitasking com melhorias no modo Snap, mas também a chegada do Microsoft Edge, que veio substituir o “velhinho” Internet Explorer, e da assistente virtual Cortana.
A par da unificação da Microsoft Store e da ideia de uma Universal Windows Platform (UWP) para permitir que as apps funcionassem em qualquer tipo de dispositivo equipado com o Windows 10, as mudanças passaram ainda por uma maior aproximação ao gaming com mais Xbox no computador.
Além de polémicas relacionadas com a política de privacidade e recolha de dados, nem todas as novidades apresentadas acabaram por vingar, veja-se o caso da “morte” da plataforma Windows Phone e, mais tarde, do Windows 10 Mobile e da UWP.
Nesta lista incluem-se ainda a Cortana e até a primeira versão do Edge, que acabou por ser substituída por outra baseada em Chromium. Apesar disso, muitas das novas opções serviram de base para o futuro da plataforma, sendo refinadas no Windows 11, que fez a sua estreia em 2021.
Um fim à vista
Uma década após a sua estreia, o Windows 10 prepara-se para sair de cena. O dia 14 de outubro de 2025 marca a data em que termina o suporte oficial ao sistema operativo nos moldes atuais.
Mas mesmo com a atualização gratuita para o Windows 11, e com os alertas sobre a “morte” da versão anterior, muitos utilizadores optaram por resistir à mudança, seja por preferência, familiaridade ou por incompatibilidades com os requisitos de hardware. Aliás, um ano após o lançamento, a quota de mercado desta versão não ia além dos 10%.
Só em julho deste ano é que o Windows 11 ultrapassou finalmente o Windows 10. De acordo com dados da Statcounter, a quota da nova versão subiu para 50,88%, com a sua antecessora a cair para 46,2%.
Por comparação, em dezembro do ano passado, o Windows 10 estava instalado em 62,73% dos computadores, com o Windows 11 em apenas 34,1% dos desktops. Espera-se que a quantidade de pessoas a usar o novo sistema operativo continue a aumentar à medida que a data de outubro se aproxima.
Os computadores de gaming e os modelos Copilot+PC têm ajudado a converter utilizadores, porém, para muitos, dar o “salto” para o Windows 11 à custa de um novo equipamento não é uma decisão fácil.
A isto juntam-se alertas acerca da quantidade de lixo eletrónico que a transição pode causar. Estimativas da Canalys apontam que o fim do suporte ao Windows 10 pode resultar em 240 milhões de computadores perdidos, representando 480 milhões de quilos de lixo eletrónico.
À medida que o cronograma para o final de vida do Windows 10 continua a ser alinhado, quem ainda tenciona manter-se no sistema operativo por mais algum tempo poderá aderir a um programa de Extended Security Updates, que permite prolongar as atualizações de segurança através de uma assinatura anual por um período máximo de três anos, terminando a 14 de outubro de 2028.
Nesse sentido, a Microsoft está também a fazer mudanças no suporte das apps do Microsoft 365 no Windows 10. Depois de avançar que o suporte a updates de segurança destas ferramentas seria prolongado até 10 de outubro de 2028, a empresa anunciou que a última “remessa” de novas funcionalidades chegará em agosto de 2026 para as versões Pessoal e Familiar e, mais tarde, em outubro desse ano para as versões empresariais.
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