A certificação foi atribuída pela Federal Aviation Administration (FAA) e permite à gigante de logística avançar com o negócio de drones para um modelo mais alargado. Até agora a UPS Flight Forward estava a operar uma rede de drones no campus do hospital de Wakemed, em Raleigh, Carolina do Norte, ainda em modo de teste.

A licença de aviação parcial (Part 135 Standard certification), permite a operação como uma companhia aérea comercial, o que é necessário para alargar a frota de drones e o âmbito geográfico. Mesmo assim, Bala Ganesh, que lidera o Advanced Technology Group da UPS, admite que é ainda um primeiro passo, até porque é ainda necessário uma autorização se o voo do drone se estender para além da linha de vista do operador. E em cada um dos locais a operar é preciso uma legitimação da FAA.

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Segundo os dados, nos últimos seis meses a UPS manteve mais de 1.000 voos comerciais, movimentando amostras de sangue e produtos farmacêuticos no campus hospitalar, e gerando valor económico, como admite a empresa.

Para esta frota a UPS celebrou uma parceria com a Matternet que fornece os drones autónomos, capazes de carregar cerca de 2,2 quilos ao longo de mais ou menos 20 quilómetros de distância.

A UPS sublinha que o sistema vai ser mais rápido e barato do que o atual sistema de entregas e que há uma vantagem difícil de bater: a inexistência de engarrafamentos. Desta forma, a empresa espera conseguir garantir uma entrega mais consistente e capaz de responder a pedidos urgentes em tempo útil.

Outros hospitais estão já na mira da empresa para replicar o serviço, embora ainda sem partilhar localizações, eliminando a entrega de correio por terra.

As aplicações militares estão entre as utilizações mais avançadas de drones e recentemente a DARPA mostrou a utilização de "enxames" para apoio de operações no terreno, mas também  empresas como a Google e a SEAT estão a aplicar estes equipamentos em várias funções "civis" dentro de fábricas ou transportando equipamentos em situações de emergência.