A pandemia de COVID-19 levou a que muitas empresas optassem por colocar os seus colaboradores em regime de teletrabalho, por vezes como principal forma de garantirem a continuidade da sua atividade.
A opção também é a resposta às determinações governamentais, face às recomendações da Direção-Geral da Saúde de combate ao novo coronavírus, de tornar o trabalho à distância obrigatório em todas as funções que possam ser realizadas remotamente. As vantagens gerais do teletrabalho são conhecidas e abrangem todas as partes, o que faz do trabalho em mobilidade uma boa aposta não apenas para responder às contingências do momento, mas também como uma tendência no futuro. Do lado do colaborador ganha-se maior bem-estar e mais tempo para a vida pessoal, quando se deixam de fazer as deslocações de e para o escritório. As empresas, por sua vez, aumentam a motivação dos seus colaboradores com uma gestão de tempo mais flexível, melhor otimização de espaço e, em muitos casos, com maior produtividade.
Embora os benefícios sejam óbvios, trabalhar à distância não deixa de colocar desafios e necessita de boas práticas, de parte a parte, de forma a garantir a salvaguarda da segurança relativamente à informação acedida e aos dados partilhados, mas também da segurança das pessoas e espaços.
Cibercuidados reforçados
À medida que o surto de COVID-19 cresceu em todo o mundo, aumentou também o número de tentativas de hacking por parte de cibercriminosos, que aproveitam a preocupação em redor da pandemia para “se esconder” online ou enviar por mensagem ficheiros maliciosos, com o objetivo de enganar os internautas.
Polícia Judiciária (PJ) e Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) são algumas das entidades em Portugal - além de várias empresas de cibersegurança a nível internacional - que costumam emitir avisos sobre esquemas fraudulentos, que aproveitam a preocupação ou o pânico relativamente a determinadas situações, como foi o caso da pandemia provocada pelo novo coronavírus, para tentar infetar dispositivos informáticos com software malicioso ou extorquir dinheiro aos utilizadores.
Em casa, nem todos os trabalhadores têm acesso às ferramentas avançadas de proteção informática que é habitual encontrar no escritório, como VPNs e Firewalls, ficando mais vulneráveis. Por outro lado, o recurso a plataformas colaborativas, entre soluções de videoconferência ou aplicações de messaging, torna-se incontornável quando é necessário comunicar com a equipa ou com os clientes.
Agir em conformidade com as melhores práticas de proteção de cibersegurança pode fazer toda a diferença. Confirmar com a empresa se é aconselhável recorrer a determinada plataforma ou aplicação é sempre um bom procedimento. São igualmente importantes opções como a utilização preferencial dos dispositivos geridos pela empresa e não partilhar esses dispositivos com familiares, nomeadamente com os mais novos, para jogarem ou acederem a conteúdos multimédia.
Caso seja necessário usar dispositivos pessoais para trabalhar, estes deverão ter os patches de segurança atualizados e antivírus instalados.
Os procedimentos habituais no posto de trabalho de bloquear o ecrã sempre que se sai da frente do computador ou o desligar, no fim do dia, ou fazer “log off”, quando se aplicar, devem manter-se. O mesmo acontece relativamente à adoção de mecanismos de bloqueio (como PIN, password, impressão digital, etc.) em todos os dispositivos móveis usados para aceder aos dados da empresa.
De modo a evitar a partilha involuntária de informação confidencial, é igualmente aconselhável a utilização de um espaço reservado em casa, para conferências telefónicas ou de vídeo.
A atenção deve ser reforçada no que diz respeito a evitar carregar em links desconhecidos ou interagir com conteúdos de fontes suspeitas recebidos via SMS, email, publicidade, entre outros.
Outro procedimento importante é desativar sempre a opção “Unknown Sources” em dispositivos móveis Android e iOS e apenas instalar apps que estejam disponíveis em lojas oficiais, como a Google Play e a App Store.
Além daquilo que os colaboradores podem fazer, as empresas também devem ter uma estratégia que garanta que todos os colaboradores estão ligados de forma segura. Caberá às organizações comunicarem de forma clara e aberta com os seus colaboradores, alertando-os para os potenciais riscos e garantindo um acesso remoto em segurança.
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